A mortalidade de crianças menores de cinco anos no Brasil caiu 80%, passando de 66 para 12,9 para cada mil nascidos vivos entre 1990 e 2014. Um dos responsáveis por essa queda é o aleitamento materno. No Brasil, 41% das mães já mantêm a amamentação exclusiva até os primeiros seis meses de vida do bebê, dobro das taxas registradas nos Estados Unidos, Reino Unido e China. Além de promover saúde, o leite materno faz bem ao planeta, já que não precisa de outro recurso para ser ofertado às crianças. Essa é a mensagem da Semana Mundial da Amamentação deste ano, que traz importante reflexão dos diversos benefícios deste alimento natural, econômico e sustentável.
Durante evento realizado neste sabado (06/08) na Casa Brasil, no Rio de Janeiro, em alusão à Semana Mundial do Aleitamento Materno, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ressaltou que incentivar o aleitamento materno é prioridade da atual gestão. "É uma alimentação saudável para o bebê, transmite anticorpos para as mães e é uma solução natural. Essa é uma política que o governo tem dedicado prioridade porque ajuda na prevenção de doenças nas crianças e melhora a saúde das mães", afirmou.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês recebam leite materno exclusivo até 6º mês de vida e, associado à alimentação complementar saudável, até os dois anos ou mais. Isso porque o leite materno transmite anticorpos e nutrientes essenciais para os bebês.
Segundo o Programa das Nações Unidas para a Infância (Unicef), atrasar o aleitamento materno entre 2 e 23 horas após o nascimento aumenta em 40% o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida. Atrasá-lo por 24 horas, ou mais, aumenta esse risco em 80%. “Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças nessa faixa etária”, enfatiza a coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Thereza de Lamare.