Somente até esta seman, o Departamento de Segurança Patrimonial (DSP) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou 14 assaltos cometidos nas imediações do Campus. Três casos ocorreram em setores de aulas, enquanto que o restante aconteceu nas paradas de ônibus ou no entorno da instituição de ensino.
De acordo com o diretor de segurança da UFRN, José Anchieta de Freitas, os registros são incomuns e representam, ainda, uma elevação nas notificações quando comparada com anos anteriores. Contudo, ele confessa não saber precisar de quanto foi esse aumento. “Estamos percebendo esse acréscimo nos relatos de ocorrências”, confirma.
Dois relatos de roubos chamaram a atenção e deixaram os estudantes em alerta nos últimos dois dias. Em um deles, um homem armado teria assaltado alunos dentro transporte circular, que faz a linha Campus-Mirassol. Em seguida. um grupo de estudantes que aguardavam no ponto de ônibus do Setor II também foi assaltado.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo Departamento de Segurança é a falta de efetivo. Por turno, somente vinte homens atuam no patrulhamento. Quatro viaturas também transitam entre as ruas do campus. Para José Anchieta de Freitas, o ideal seria um convênio com a Polícia Militar, impedida de agir dentro da UFRN atualmente, mas que presta atendimento sempre que é convocada. De acordo com a PM, mesmo que os crimes aconteçam dentro de setores de aula da universidade, a recomendação é que as vítimas façam a denúncia, ligando para o telefone 190. Segundo a coorporação, os policiais irão atender as ocorrências em qualquer lugar. Outra orientação importante é que os universitários façam o registro nas delegacias especializadas.
Aguardando o circular, na mesma parada onde um grupo de estudantes foi assaltado na última quinta-feira, a caloura do curso de fonoaudiologia, Gabriela Paz, reclama de nunca ter sido orientada a fazer isso, pela própria instituição. “Eu não sabia que podia denunciar. Também não sei o número, nem onde fica o DSP. Eu fico preocuda, pois não me sinto segura”, finaliza.