Até o fim de maio, todas as instalações que farão parte dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 estarão com os projetos de energia concluídos. A previsão é do presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso. Atualmente, as instalações funcionam com sistema temporário de energia. De acordo com Pedroso, o aparato operacional de eventos como os jogos é desafiador para qualquer país, e o abastecimento de energia nas instalações é um dos pontos mais importantes.
“Quando a gente fala de energia, não está falando apenas da luz para o expectador. A gente está falando da transmissão de televisão”, disse. “Imagina um atleta que vai bater um recorde, dá um pico de luz e a gente perde a contagem do tempo dele. Imagine o impacto que isso tem para a competição”, acrescentou. O abastecimento será garantido por duas fontes de alimentação distintas, além da rede de geradores para garantir o abastecimento caso haja falha nas outras.
Nos projetos de energia temporária, com geradores para atender a todos os núcleos de instalações, o governo federal assumiu o da Barra da Tijuca com custos de R$ 290 milhões. Já o de Copacabana, do Maracanã e de Deodoro ficaram sob a responsabilidade do governo do estado, com o limite de isenção de impostos aprovado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), em R$ 85 milhões. O Comitê Organizador Rio 2016 banca o restante para alcançar o custo de R$ 104 milhões.
A situação política e financeira do país não foi empecilho para o andamento da organização. Segundo Pedroso, as principais ações, que dependiam de definição dos governos federal, estadual e municipal, sobre os pontos de prestação de serviço público e de demandas do COI foram tomadas no início do processo e, agora, ocorrem apenas decisões menores que se referem às fases finais da operação. “Não avalio que haja um impacto que prejudique esta reta final da preparação”, disse. “O que a gente tem agora de participação dos governos, as decisões estão tomadas. É operacional”, afirmou.