Em análise geral, antes de março, apenas 0,6% dos trabalhadores não possuíam nenhuma renda. Com a pandemia, esse número saltou para 48,8%, o que representa quase a metade dos trabalhadores da área sem rendimento salarial.
“Se não há viagens e, portanto, deslocamentos, não há turistas. E se não há turistas, hotéis, pousadas, restaurantes, bares e lanchonetes, shoppings de artesanato, entre outros deixam de prestar seus serviços”, afirmaram os pesquisadores.
Outro dado apresentado pelo estudo é o recorte por gênero, os trabalhadores homens informais eram os que apresentavam maiores rendimentos antes da pandemia: 52,6% recebiam acima de 2 salários mínimos. Nesse mesmo período, somente 33,3% das trabalhadoras mulheres informais recebiam essa mesma faixa salarial.
No período da pandemia, as mulheres sem carteira assinada são as que apresentam a maior proporção de trabalhadoras com renda zerada, um percentual 58,3%. Já os homens sem carteira assinada chegaram a 57,1% sem nenhuma renda.
Quanto aos formalizados, as mulheres, também, representam a maior parte sem renda em relação aos homens, sendo 23,5% e 22,2%, respectivamente.
Auxílio Emergencial
O estudo abordou, ainda, quanto ao recebimento do auxílio emergencial por esses trabalhadores informais. Na pesquisa feita, entre os trabalhadores informais, 64,3% foram contemplados. Os demais, 8,9% não se enquadravam nos critérios, 7% tentaram, mas não conseguiram, 1,9% estão com pedido em análise e 17,8% responderam apenas que não receberam.
Plano de retomada
A Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte divulgou plano gradual de retomada do setor no estado. De acordo com a Fecomércio, o setor de serviços, comércio e turismo representa 65% do PIB do Estado.
O plano prevê a volta gradual em 18 meses, a partir de ações voltadas para rede de hotelaria, bem como campanhas de incentivo a viagem para os municípios do estado. As estratégias planejadas se basearam em pesquisas realizadas pela SETUR desde abril.
De acordo com a secretaria, serão divulgadas as informações como protocolos de seguranças sanitárias, capacitação com treinamento e consultoria), estratégias de comunicação com a sociedade, plano de promoção do destino e alinhamentos com os governos.
No primeiro documento publicado, contemplou os detalhamento dos Protocolos de Saúde a serem considerados por empresas e profissionais dos segmentos de Meios de Hospedagem, alimentos e bebidas, Serviços Receptivos, Espaços e Equipamentos de Lazer e Visitação.
O documento está disponível ao público e pode ser acessado no site da setur.
Saiba Mais – Agência de Reportagem