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Comunidade de Currais Novos se reuniu em protesto pelo fim da violência contra as mulheres — Foto: Rayssa Aline/Cedida
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A uma semana do Dia Internacional da Mulher, o Rio Grande do Norte teve dois dias com três casos de feminicídio em diferentes cidades do estado. Um deles aconteceu no sábado (29) e dois neste domingo (1º). Nesta segunda-feira (2), a comunidade de Currais Novos, no Seridó potiguar, se reuniu em um protesto pelo fim da violência contra as mulheres, em alusão à data de um ano do assassinato de estudante Zaira Cruz, cujo ex-namorado, o PM Pedro Inácio, é o principal suspeito.
De acordo com a Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal (Coine) da Secretaria de Segurança, entre janeiro e este início de março de 2020 seis mulheres foram vítimas de feminicídio no RN. Os crimes aconteceram em seis cidades: Natal, Taipu, Jardim de Piranhas, Jucurutu, Tabuleiro Grande e Francisco Dantas.
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População de Currais Novos protestou em lembrança à morte de Zaira Cruz e pelo fim da violência contra as mulheres — Foto: Rayssa Aline/Cedida
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Segundo as investigações, o agressor teria reconhecido o carro da vítima estacionado em um motel da cidade. Ele não aceitava o fim do relacionamento dos dois. O suspeito furou os pneus do veículo, se passou por cliente na recepção e em seguida quebrou a porta do quarto, onde Karla estava com o atual namorado.
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Protesto em Currais Novos marca um ano da morte da estudante Zaira Cruz e pede fim da violência contra as mulheres — Foto: Rayssa Aline/Cedida
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A PM acredita que o homem tenha atingido a mulher com uma faca e um pedaço de madeira. O agressor também atacou o namorado de Karla, que foi ferido no olho e socorrido ao hospital. O suspeito fugiu e ainda não foi localizado.
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Ieda Railene Nascimento Coutinho da Silva, de 28 anos, foi assassinada a golpes de machadadas no RN — Foto: Redes sociais
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Protesto em nome de Zaira
Zaira foi encontrada morta na manhã do sábado de carnaval dentro de um carro em um condomínio no município de Caicó. Ela, Pedro Inácio e mais um grupo de amigos alugaram uma casa para passar a festividade na cidade. Segundo as investigações da Polícia Civil, Zaira Cruz foi assassinada pelo PM por asfixia mecânica, ou seja, foi estrangulada.
Os dois não estavam namorando, mas mantinham um relacionamento, ainda de acordo com a polícia. “No dia 2 de março de 2019, Zaira Cruz encontra-se com ele no carnaval de Caicó. Ele fica com a vítima, dentro de um veículo, entre 2h14min e 3hs da madrugada. Neste lapso temporal, o policial tenta ter relação sexual com a universitária, porém ela nega. Diante da negativa de Zaira, ele a estupra e depois decide matá-la. Por volta das 3hs, Zaira é encontrada morta dentro do veículo, no banco do passageiro”, detalhou após a prisão do policial no ano passado o delegado Leonardo Germano, que conduziu a apuração do caso.
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Zaira Cruz tinha 22 anos — Foto: Arquivo Pessoal
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