IDEMA ENVIA RELATÓIO SOBRE LIXO NAS PRAIAS DO RN AO MPF SEM CONCLUSÃO DE ORIGEM DO MATERIAL
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O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) concluiu e enviou ao Ministério Público Federal (MPF) um relatório sobre o lixo encontrado ao longo do mês de abril em praias de sete municípios potiguares.
O documento publicado no último dia 20 de maio, no entanto, não apresenta conclusão sobre a origem do material. Procurado pelo G1, o MPF informou que a investigação sobre o caso está em sigilo.
Ao todo, 49,1 toneladas de lixo foram recolhidas no litoral potiguar – 38,25 toneladas somente no município de Baía Formosa, que teve nove praias atingidas. Outros estados, como Paraíba e Piauí também registraram lixo no litoral.
Embora não apresente possíveis responsáveis, o relatório do Idema aponta que, entre os indícios analisados, há materiais como adesivos de campanhas políticas de candidatos de Recife; mochila com identificação da rede de educação estadual de Pernambuco; título de eleitor do município de Recife; etiquetas de serviços de saúde pernambucanos.
Em meio ao lixo repleto de materiais plásticos, ainda havia seringas e tubos para amostra de sangue, por exemplo.
De acordo com o Idema, vistorias realizadas pelos municípios em maio não observaram novos resíduos sólidos nas praias potiguares pelos municípios e pelas instituições que estão envolvidas nessa operação, mas as equipes seguem em vigilância.
O relatório ainda informa que o lixo começou a ser observado em 18 de abril, em Baísa Formosa, mas foi registrado de forma mais expressiva a partir do dia 20 de abril, quando o município se deu conta da “anormalidade da situação ambiental”.
Entre as hipóteses levantadas pelo Idema para a investigação, o relatório descarta a possibilidade de o material ser de origem internacional, visto que muitos resíduos são produtos vendidos no país. As hipóteses são:
- Retenção de resíduos em rios e estuários;
- Possibilidade de alguma empresa que trabalha com coleta de resíduos propositadamente ou não;
- Últimas chuvas e situações de alagamentos em Pernambuco ou outros estados, com possível carreamento de material para rios e mar;
- Possível embarcação que tenha realizado despejo acidental ou não.
G1RN
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