Quem achou que o diálogo entre PT e MDB no Rio Grande do Norte havia esfriado ou até mesmo extinto, enganou-se. Informações dão conta de que o pré-candidato petista à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, convidou o ex-senador Garibaldi Alves (MDB), e o deputado federal e presidente estadual do MDB-RN, Walter Alves, para uma conversa que deverá acontecer, em São Paulo, na próxima semana. Lula encontra-se no México e no seu retorno ao Brasil, solicitou uma agenda com os Alves do Rio Grande do Norte.
A preocupação do pré-candidato petista ao Palácio do Planalto é o projeto do presidente Jair Bolsonaro (PL) que quer fazer o maior número de senadores e deputados possíveis. Os bolsonaristas estão investindo forte, tentando eleger o máximo de membros para o Congresso Nacional. Então, para barrar este projeto, é preciso formar uma coesão com o máximo de legendas progressistas. Lula entende que em um país como o Brasil é impossível governar sem maioria no parlamento.
Para se ter sucesso no governo, além de ganhar as eleições, será preciso conquistar maioria parlamentar. Natural que Lula busque este apoio sólido nos partidos que se posicionam contra a atual política implementada pelo presidente Bolsonaro. O MDB tem se posicionado contrário a muitas ações bolsonaristas.
O ex-presidente Lula já vem conversando com o MDB nacional para costurar acordos para eleições de outubro. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) declarou, recentemente ao Diário Centro do Mundo, que 13 diretórios estaduais do partido são favoráveis à aliança com Lula.
A atual pré-candidata do partido, Simone Tebet (MS), atingiu apenas 1% das intenções de voto em pesquisas, com isso, o senador afirmou ainda que uma campanha própria com chances pequenas de vitória pode dificultar o desempenho dos candidatos a deputados federais. Ele cita a candidatura de Henrique Meireles em 2018, quando os deputados eleitos pelo partido caíram de 66 para 34. Estes elementos estão sendo avaliados pelos emedebistas.
NO MÉXICO. Em discurso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez apelo às lideranças mundiais envolvidas no conflito entre Rússia e Ucrânia para que larguem as armas e tentem resolver as divergências numa mesa de negociação. “O mundo precisa de comida, o mundo precisa de emprego, o mundo precisa de educação, o mundo precisa que as pessoas sejam tratadas com respeito, o mundo precisa que mais de 900 milhões de pessoas que passam fome possam comer, e não de guerra”, disse o petista.
Lula pediu, e foi atendido pelos presentes, que todos se levantassem e ficassem de pé, em gesto para que as lideranças mundiais, como os presidentes dos Estados Unidos, da China, da Rússia, da Ucrânia e dos demais países europeus vissem a mensagem de que o mundo precisa de paz.
“O mundo está precisando de paz, o mundo está precisando de amor, o mundo está precisando de compreensão, o mundo está precisando de fraternidade. As pessoas estão querendo apenas viver dignamente e por isso aqui da cidade do México a gente poderia dizer, governantes baixem as armas, sentem na mesa de negociação e encontrem a solução para o problema que levou vocês ao começo de uma guerra. Basta de guerra, queremos, paz, queremos trabalho, queremos liberdade e queremos respeito, e quem sabe a gente possa construir um mundo melhor”, declarou.
