O PSDB Potiguar não vai se aliar a ninguém automaticamente antes de ouvir todos os 12 deputados estaduais, a Executiva Estadual tucana e suas lideranças. O presidente estadual do PSDB, deputado Ezequiel Ferreira, não vai anunciar agora sua decisão sobre quem vai apoiar formalmente para governador, pois vai iniciar uma agenda no interior e ouvir suas bases. Existem deputados que não vão apoiar Fábio Dantas, do Solidariedade, como é o caso de Dr. Bernardo Amorim, Albert Dickson, Raimundo Fernandes, Ubaldo Fernandes e Kleber Rodrigues. Esses últimos já procuraram Ezequiel e mostraram a realidade.
Mas, o pré-candidato ao governo Fábio Dantas, apesar de ser do Solidariedade, anda afirmando que já conta com o apoio do PSDB em sua aliança. Na verdade, seis deputados tucanos da Assembleia Legislativa estão declaradamente com Fábio: Tomba Farias, Gustavo Carvalho, Nelter Queiroz, Galeno Torquato, Getúlio Rego e José Dias. Esses últimos disputam as últimas vagas da grande nominata do PSDB este ano. Ezequiel vai ouvir, antes, todos os deputados, os prefeitos, vice-prefeitos e os mais de 300 vereadores e dirigentes municipais do partido espalhados pelo Rio Grande do Norte.
A governadora Fátima Bezerra (PT) não desistiu do apoio de Ezequiel Ferreira a sua reeleição. Ele a apoiou no 2º turno das eleições de 2018, e foi decisivo. Ezequiel já garantiu apoio ao nome de Rogério Marinho (PL) ao Senado. Fábio também já declarou que o presidente da Assembleia “não precisa se decidir agora por candidatura”. “Acho que lá na frente pode ser um agente indutor, por exemplo, de um final de primeiro turno, que esteja precisando de um empurrãozinho pra gente terminar vencendo já no primeiro turno”, afirmou na rádio Jovem Pan News.
Extremo. Até o deputado General Girão (PL) está sendo alvo dos seguidores e segmentos da imprensa que alfinetam ou criticam quem não declara apoio a Fábio Dantas (Solidariedade). O DNA dessas críticas já foi identificado. O prefeito de Natal, Álvaro Dias, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, ambos do PSDB, também já sabem de onde parte.
Polegar. O ex-deputado Henrique Alves reapareceu depois que a polícia não conseguiu acha-lo para cumprir decisão de prendê-lo devido à falta de pagamento de pensão alimentícia ao filho mais novo, Pedro Henrique. O ex-ministro, mesmo no PSB (vermelho e amarelo), foi de camisa verde para a região Central. Tinha agenda em Pedro Avelino. A Justiça de São Paulo reestabeleceu os efeitos do mandado de prisão por uma dívida de pensão com a ex-esposa, Priscila Gimenez. A dívida é de quase R$ 1 milhão.
Rádio. O ex-vice-governador Fábio Dantas, nome do Solidariedade para concorrer ao Governo do Estado, não para a agenda de entrevistas a emissoras de rádios da capital e do interior. Fábio quer ocupar os espaços e se tornar conhecido onde o eleitorado não sabe quem ele é. O ex-deputado, que é filho do ex-prefeito de São José do Mipibu Arlindo Dantas, também é esposo da deputada Cristiane Dantas.
Quando? O prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra, não emitiu nenhuma declaração de apoio ao nome do Solidariedade ao Governo. Mesmo integrando o mesmo partido, Allyson ainda não se empolgou. O prometido evento político para lançar Fábio Dantas na capital do Oeste, ainda não tem data agendada. É observar os passos desse evento. Em Mossoró, ninguém vê sintonia de Allyson com Fábio Dantas.
Cantor. O seresteiro Luiz Almir fez um show no feriado na Praça das Flores, em Petrópolis. Na Zona Norte, já fechou parceria com a deputada estadual Eudiane Macedo (PV), para reeleição. Luiz Almir não será candidato e vai de federal com Vitor Hugo, do Republicanos. Vitor é filho do dirigente da Federação das Pescas Abraão Lincoln.
Cumprimentos. Em um encontro rápido, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), cumprimentou a governadora Fatima Bezerra (PT) no Teatro Riachuelo, para o show de Yrahn Barreto, que cantava Sérgio Sampaio com participação de Zeca Baleiro. Foi antes de começar o show que Álvaro e Fátima se cumprimentaram cordialmente. Apesar de não declarar voto no candidato da oposição Fábio Dantas, o prefeito de Natal promete ficar “neutro” na capital. Será?
Crise. O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a desafiar o Supremo Tribunal Federal e concedeu perdão de pena ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pela corte a 8 anos e 9 meses de prisão, em regime inicial fechado. O ato colocou no centro das críticas de apoiadores do governo o ministro André Mendonça, indicado ao STF por Bolsonaro sob argumento de ser “terrivelmente evangélico” e alinhado ao mandatário. O caso ainda fez o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reivindicar no Supremo que deputados tenham a palavra final sobre a perda de mandato de colegas condenados.
