ABC É DERROTADO PELO TOMBENSE POR 3 A 0 E CHEGA 12 JOGOS SEM VITÓRIAS NA SÉRIE B

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  O ABC chegou ao seu 12º jogo seguido sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro perdeu do Tombense por 3 a 0, nesta quinta-feira (7), fora de casa. A partida marcou a estreia do técnico Argel Fuchs no comando do time potiguar. Os gols da partida foram marcados por Fernandão, no primeiro tempo, enquanto Matheus Frizzo e Alex Sandro deram números finais ao confronto na segunda etapa. Com a derrota, o ABC segue na última posição do campeonato, com 16 pontos conquistados após 27 rodadas. O time está a 11 pontos do primeiro fora da zona de rebaixamento, o Avaí. Já o Tombense chega aos 25 pontos e pode sair da área de descenso na próxima rodada. O ABC volta a campo na próxima sexta-feira (15), em partida contra o Sport, no Frasqueirão. O confronto está marcado para as 21h30.

SESAP VAI AUMENTAR NÚMERO DE LEITOS COVID NO ESTADO

 

REPRODUÇÃO:   

Os índices de ocupação de leitos no Rio Grande do Norte voltaram a subir. No final de semana, no domingo (12), foi registrada taxa de 68,18%, maior índice desde o dia 15 de fevereiro de 2022. O número total de leitos disponíveis, no entanto, era 73% menor, em razão de muitos leitos terem sido revertidos para outras doenças. Para especialistas em saúde, o momento da pandemia requer atenção. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) já avalia reabrir leitos de retaguarda. Atualmente, a ocupação está em 43% em leitos críticos e 23% em leitos clínicos.

“Fizemos reunião para avaliação dos leitos e vamos retomar e reverter alguns leitos. Até sexta vamos ter reversão e ampliação de leitos para aumentar essa retaguarda covid no Rio Grande do Norte”, aponta Diana Rêgo, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap. A pasta não tem ainda um levantamento fechado de quantos serão esses leitos, mas três leitos críticos já foram disponibilizados no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, e outros três no Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró.

Segundo a plataforma Regula RN, que monitora em tempo real a situação assistencial do Estado, os índices vêm apresentando tendência de crescimento desde o fim de maio. No último dia 12, data da última atualização da série histórica, eram 30 leitos críticos ocupados num total de 44 operacionais na rede pública do RN. Em fevereiro, este contingente era maior: 143 ocupações para um total de 163, taxa de 87,73%. O período em questão foi da circulação da variante Ômicron, com taxa de transmissibilidade maior que as demais variantes. Aliado a isso, três hospitais apresentam ocupação de 100% nos leitos críticos: Hospital dos Pescadores, Rafael Fernandes e Wilson Rosado.

“Diminuímos bastante a quantidade de leitos covid, então isso tem que ser olhado com cuidado, se essa taxa é porque tem muito mais gente adoecendo ou porque a quantidade de leitos diminuíram. Porque a variante ômicron já não causa tanto adoecimento, porque temos mais gente vacinada do que antes, e se realmente ela está causando esse adoecimento maior ou se é porque temos menos leitos. Isso precisa ser observado. Não vemos ela causando tanta hospitalização. Não é uma característica da Ômicron e a população está bem mais vacinada. E quem está hospitalizando são aquelas pessoas que não estão devidamente imunizadas”, aponta a imunologista Janeusa Trindade Souto, pesquisadora e professora do departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFRN.

Ainda de acordo com Diana Rêgo, a secretaria já avalia que o atual momento da pandemia no RN e no Brasil seja de uma quarta onda da covid. “Avaliamos que estamos iniciando um aumento de casos que já se configura como uma possível quarta onda. Começamos a observar esse aumento principalmente na região de Caicó e Metropolitana e percebemos também alguns óbitos, principalmente em idosos e que não têm esquema vacinal completo. Liberamos recomendações das máscaras em ambientes fechados, fizemos reuniões com as regionais e municípios sobre a importância da testagem para testarmos em massa a população”, comentou Diana.

O mais recente Boletim InfoGripe FioCruz, da Fundação Oswaldo Cruz, mostrou que o Rio Grande do Norte é um dos 24 estados que apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo para casos de covid-19. Entre as capitais, Natal também figura entre 22 cidades com essa mesma tendência.

O mesmo boletim apontou que há uma tendência nacional para aumento de casos de covid. Entre as ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a 69% dos casos nas últimas semanas foram positivos para covid. Também em relação ao total de óbitos por vírus respiratórios, o estudo aponta a mesma propensão, 92,22% foram em decorrência do Sars-CoV-2 (Covid-19). A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 22, de 29 de maio a 4 de junho, que registrou 7,7 (6,9 – 8,6) mil casos de SRAG no país.

Recomendações
O atual panorama da covid-19 no Rio Grande do Norte fez com que o Governo do Estado, Prefeitura do Natal e outros órgãos adotassem medidas preventivas para o momento da pandemia. Desde a semana passada, o uso das máscaras em ambientes fechados tem sido adotados.

O uso de máscaras havia deixado de ser obrigatório no Estado, em ambientes fechados, no dia 6 de abril. Em espaços abertos, a proteção já não era exigida desde o dia 16 de março. Em Natal, a desobrigação do uso das máscaras vigora desde 09 de março. O uso obrigatório de máscaras no Estado era desde o dia 07 de maio de 2020. À época, o decreto assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT) estipulava uma multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.  

“Não é motivo para achar que tudo que fizemos foi errado, pelo contrário, observamos um aumento de casos, mas não tem progressão nas mortes, felizmente. É um sinal que a vacinação funciona. A volta das máscaras em locais fechados é uma medida prudente pra gente evitar essa disseminação e velocidade de transmissão”, declarou o imunologista Leonardo Lima, pesquisador do Laboratório de Inovação Tecnológica da UFRN (LAIS/UFRN).

bate papo
Janeusa Trindade de Souto
imunologista , professora da UFRN

“Vírus tem um comportamento sazonal”
O que explica o atual momento da pandemia, com aumento de casos não só no Estado, mas no Brasil todo?
Nos parece que o vírus tem um comportamento sazonal, é o que está parecendo, não está confirmado. Mas se formos observar, ano passado tivemos um pico mais ou menos a essa época, com vários casos de covid. Esse ano estamos tendo novamente agora em maio, junho. A diferença é que são variáveis diferentes. Ano passado era variante Gama e esse ano é a ômicron, que é muito mais transmissível, mas não causa tantas enfermidades, hospitalizações quanto a gama causava. E temos uma taxa de imunização bem mais avançada do que no ano passado. Temos observado uma transmissibilidade muito grande e isso se dá também porque as pessoas deixaram de usar máscaras. Associamos muito a um relaxamento maior no uso de máscaras que é uma barreira física importante para se evitar essa transmissão de qualquer vírus respiratório, seja ele Influenza ou Covid-19. A partir do momento em que as pessoas relaxam mais no uso da máscara, temos queda de temperatura, as pessoas se aglomeram mais, as pessoas vão mais para as festas, então temos um conjunto de fatores que podem ajudar a disseminação maior de vírus respiratórios. 

Isso tem resultado no aumento na ocupação de leitos. Estamos com quase 70%. Como analisa essa situação?
É importante analisar a quantidade de leitos que tínhamos no passado e o que temos agora. Temos que ter cuidado quando se analisa esse percentual de leitos ocupados. Diminuímos bastante a quantidade de leitos covid, então isso tem que ser olhado com cuidado, se essa taxa é porque tem muito mais gente adoecendo ou porque a quantidade de leitos diminuíram. Porque a variante ômicron já não causa tanto adoecimento, porque temos mais gente vacinada do que antes, e se realmente ela está causando esse adoecimento maior ou se é porque temos menos leitos. Isso precisa ser observado. Não vemos ela causando tanta hospitalização. Não é uma característica da Ômicron e a população está bem mais vacinada. E quem está hospitalizando são aquelas pessoas que não estão devidamente imunizadas. É outra observação que a gente faz: hospitaliza, sim, mas aquelas pessoas que não estão imunizadas, ou não se vacinaram ou os que estão com ciclo de vacinação incompleto. E fica o alerta para as pessoas buscarem os postos para acessarem à imunização. 

Observamos que a ocupação está aumentando. Já é momento para se abrir mais leitos?
Como está tendo essa pressão, vai ter que abrir mais leitos, porque mais pessoas podem adoecer. Ou seja, a gente observa uma pressão no sistema de saúde. A partir do momento que as pessoas começam a adoecer, há necessidade de leitos.

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