Fuga aconteceu na noite desta quinta-feira (10) em Alcaçuz.
Recontagem será feita para se descobrir quantos conseguiram escapar.
DO G1 RN
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Fuga aconteceu na noite desta quinta-feira (10) em Alcaçuz (Foto: Força Nacional) |
A direção da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior unidade prisional do Rio Grande do Norte, confirmou uma nova fuga de detentos. Segundo o diretor Ivo Freire, a fuga aconteceu na noite desta quinta-feira (10). Ainda não se sabe quantos homens conseguiram fugir.
Neste mês, o sistema prisional potiguar completa um ano em estado de calamidade e Cristiano Feitosa, secretário de Justiça e Cidadania, acha que o sistema "melhorou muito pouco".
Diretor da unidade, Ivo Freire informou que os presos fugiram por um túnel no pavilhão 4. Um guariteiro atirou quando percebeu a movimentação. Contudo, a direção ainda não sabe quantos homens conseguiram escapar. Uma recontagem será feita na manhã desta sexta-feira (11).
Ainda segundo o diretor, o pavilhão 4 possui cerca de 180 detentos. Ao todo, Alcaçuz tem aproximadamente 1.100 presos. A penitenciária fica na cidade de
Nísia Floresta, na Grande
Natal.
Fugas em 2016 Sem contar com a fuga registrada nesta quinta-feira (10), 121 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar neste ano. A última fuga aconteceu nesta terça-feira (8)
quando um preso se aproveitou da fragilidade da segurança e fugiu correndo pela porta da frente da Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, cidade da região Oeste potiguar.
Sistema em calamidadeO sistema penitenciário potiguar completa um ano em estado de calamidade pública no dia 17 deste mês. O decreto - que segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) será renovado por mais seis meses - foi necessário após uma série de rebeliões que destruiu boa parte das 33 unidades prisionais mantidas pelo estado. Neste período, o Rio Grande do Norte recebeu o reforço de 200 policiais da Força Nacional e gastou mais de R$ 7 milhões na reconstrução dos presídios depredados. Melhorou ou piorou? Segundo o secretário Cristiano Feitosa, “melhorou muito pouco”.
Ao
G1, o secretário fez uma avaliação e disse que “o sistema prisional potiguar possui hoje uma equipe de diretores mais integrada e informações estão sendo trocadas com mais rapidez, mas nesse um ano, mais precisamente no último semestre, a Sejuc está investindo pesado em planejamento e em medidas que vão se concretizar nos próximos seis meses. Então, as mudanças de maior efetividade e repercussão ainda estão por vir”, ressaltou. Atualmente, ainda de acordo com o secretário, o
Rio Grande do Norte possui algo em torno de 3.500 vagas para uma população carcerária de 7.500 detentos. “Ou seja, temos um déficit de 4 mil vagas para preencher”, revelou.