O Rio Grande do Norte vai registrar aproximadamente 1.950 casos de câncer de pele em 2016. A projeção é do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e representa quase duas vezes a quantidade de casos contabilizados no ano passado pela Liga Norte-rio-grandense contra o Câncer. Foram 985 ocorrências em 2015.
Ainda em relação a este ano, de acordo com o INCA, serão registrados 1.100 casos do tipo melanoma e outros 850 do tipo não-melanoma.
Na capital, são esperados 250 casos de não-melanomas em homens e 170 em mulheres. O Inca não apresentou os registros de possíveis casos de melanoma em Natal.
De acordo com os dados disponibilizados pela Liga ao NOVO, no ano de 2013 foram registrados 1715 casos de não-melanoma e 25 melanomas.
No ano seguinte, os números foram maiores. Passando para 1754 de não-melanoma, ou seja, aumento de 2.27%, e 33 de melanoma, com 32% de crescimento. Já no ano passado foi possível notar um declínio dos casos, sendo 970 não-melanoma e 15 melanomas. Ainda não estão disponíveis os dados atualizados de 2016.
A doença se caracteriza por ser um tumor na epiderme, que é a primeira camada superficial da pele. O neoplasma é provocado pela alteração do DNA das células do tecido da epiderme, provocado principalmente pela radiação ultravioleta que destrói o colágeno e fibras elásticas da pele, provocando a perda do preenchimento e elasticidade do tecido, mesmo esta tendo a capacidade de se regenerar e reverter a alteração causada pela radiação ao longo da vida.
“Dependendo da exposição diária por um longo período, pode ocorrer uma alteração irreversível e aquela célula alterada começar a se multiplicar desordenadamente provocando o tumor”, explica o médico da Liga, Joseli Batista de Lima.
SINAIS NA PELE
Para identificar a doença, a população deve ficar atenta ao surgimento de pequenas lesões no corpo, principalmente as mais recentes e que vem progredindo. “Isso não necessariamente pode ser um câncer, mas é um detalhe importante para se prestar atenção”, conta o Batista.
Outra observação é quanto ao surgimento de sinais na pele que apresentarem pigmentação irregular, bordas assimétricas e que mudam de características com o tempo, aumentando de tamanho, espessura ou cor.