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No Rio Grande do Norte, no mesmo período, foram 388 leitos de internação perdidos Foto: José Aldenir |
Da pandemia de H1N1, em 2009, até a chegada do novo coronavírus,
neste ano, o Brasil perdeu 34,5 mil leitos de internação. Estes espaços são
destinados a pacientes que precisam ficar por mais de 24 horas dentro de um
hospital e, pelas previsões de autoridades de saúde, poderão atender uma boa
parte dos casos mais graves da doença, cerca de 20% do total, nos próximos meses.
O levantamento é do jornal O Estado de S. Paulo.
Em números totais, os leitos de internação no País caíram de
460,92 mil para 426,38 mil no intervalo que separa as duas pandemias. A queda
ocorreu em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), onde a redução chegou a
48,53 mil espaços de atendimento. No mesmo período, a rede privada apresentou um
salto de cerca de 14 mil leitos, um aumento considerado baixo por especialistas
do setor.
No Rio Grande do Norte, no mesmo período, foram 388 leitos
de internação perdidos. Eram 7.660 em 2009 e agora são 7.272. O número de
leitos de UTI, em contrapartida, aumentou de 533 para 774. E o número de respiradores
quase dobrou: de 443 para 807.
O País todo ganhou 17,3 mil leitos de UTI desde a pandemia de
H1N1, de 42,4 mil para cerca de 60 mil. Ainda assim, além de insuficientes, as
unidades que atendem adultos têm mais de 90% de ocupação, afirma a associação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um a três
leitos de UTI para cada 10 mil habitantes como ideal. Hoje, o SUS tem cerca de
um leito para cada 10 mil habitantes.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, técnicos do Ministério da Saúde
disseram que a queda em número de leitos de internação é global e está relacionada, em parte considerável, pela política pública de reforçar a atenção básica. Uma
parte significativa de leitos fechados seria de hospitais conveniados do SUS que,
pouco lucrativos, deixaram de funcionar. Procurada pela reportagem, a pasta não
se manifestou.