O Rio Grande do Norte está entre os estados do Nordeste que registrou o segundo menor número de casos de violência política no Nordeste no período de julho a setembro deste ano, perdendo apenas para Sergipe (SE). Ao todo, foram quatro casos, sendo um ligado a ameaça, dois de atentado e um de homicídio. Junto ao estado potiguar, Ceará e Pernambuco apresentam o mesmo número total de casos da violência. Na sequência, aparecem Maranhão (5), Piauí (6), Bahia (9) e Alagoas (11) e Paraíba (12).
Os dados são do 11º boletim trimestral do “Observatório da Violência Política do Brasil” e correspondem ao número de violência política registrados de julho a setembro de 2022. Dos 26 estados do país, segundo a pesquisa, 25 apresentaram algum caso do gênero nesse período. Os casos são agrupados em cinco tipos diferentes: agressão/agressão familiar/; ameaça/ameaça familiar; atentado/atentado familiar; homicídio/homicídio familiar e sequestro/sequestro familiar.
Desse grupo, o Rio Grande do Norte não registrou casos de agressão e nem de sequestro. Considerando todos os estados contemplados, São Paulo permanece na liderança com o maior número: 30 (14,2%). Em seguida, surgem o Rio de Janeiro, com 24 (11,3%), Minas Gerais com 22 (10,4%) e Paraíba com 12 (5,7). Não foram identificados casos de violência política no Acre e no Amapá.
A nível nacional, foram registrados 212 casos em todo o país, o que representa um aumento de 110% em relação ao trimestre anterior. Desde o início da contagem, em 2019, o Observatório alcançou a marca de 1421 casos. O estudo chama atenção, ainda, para o aumento de ocorrências de violência política com a aproximação do dia da eleição. Enquanto julho registrou 41 casos, o número aumentou para 60 em agosto, e em setembro
saltou para 111.
Já na comparação entre regiões, o Sudeste segue sendo o mais atingida, com 84 casos (39,6%), seguida pelo Nordeste, com 59 casos (27,8%), Sul com 22 (10,4%), Centro-Oeste com 20 (9,4%) e Norte com 18 (8,5%). Segundo a pesquisa, as lideranças locais são as mais atingidas pelos crimes. No período analisado, por exemplo, 42 vereadores (19,8%), 20 prefeitos (9,4%) e dois vice-prefeitos (0,9%) sofreram algum tipo de violência. Na análise por gênero, os homens continuam sendo as vítimas mais atingidas, com 163 casos (76,9%), enquanto as mulheres contabilizaram 49 casos (23,1%). Em relação ao trimestre anterior, houve um aumento de 7,3 pontos percentuais nos casos de violência política contra lideranças mulheres.