ABC É DERROTADO PELO TOMBENSE POR 3 A 0 E CHEGA 12 JOGOS SEM VITÓRIAS NA SÉRIE B

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  O ABC chegou ao seu 12º jogo seguido sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro perdeu do Tombense por 3 a 0, nesta quinta-feira (7), fora de casa. A partida marcou a estreia do técnico Argel Fuchs no comando do time potiguar. Os gols da partida foram marcados por Fernandão, no primeiro tempo, enquanto Matheus Frizzo e Alex Sandro deram números finais ao confronto na segunda etapa. Com a derrota, o ABC segue na última posição do campeonato, com 16 pontos conquistados após 27 rodadas. O time está a 11 pontos do primeiro fora da zona de rebaixamento, o Avaí. Já o Tombense chega aos 25 pontos e pode sair da área de descenso na próxima rodada. O ABC volta a campo na próxima sexta-feira (15), em partida contra o Sport, no Frasqueirão. O confronto está marcado para as 21h30.

VIOLÊNCIA PREOCUPA E AÇÕES NO RN SÃO PALEATIVAS

 


Aumento de policiais, setores isolados, torcida única e até estádios sem torcedores. Essas são algumas medidas adotadas para tentar diminuir a violência no futebol. No entanto, o problema persiste. As cenas do último sábado (8), no pós-jogo de ABC x Criciúma/SC, aumentam o clima de insegurança nos estádios. Torcedores e especialistas opinam sobre a situação que é uma realidade no RN e em diversos estados do Brasil.

A Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (COINE), da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesed), aponta que, desde janeiro de 2019 até julho de 2023, foram registrados 826 ocorrências criminosas em estádios. Destas, 548 são de furtos, 39 de estelionato, 23 de lesão corporal, 18 de ameaça e 13 de posse de drogas (consumo ou tráfico).

“Nunca será futebol”, repetiram os jogadores do ABC, nas redes sociais, após o meia-atacante Thonny Anderson publicar foto do carro quebrado após um “torcedor” atirar uma pedra. O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) solicitou uma investigação para apurar as ações do dia 8, no Frasqueirão. Após a abertura do inquérito policial, um delegado vai colher todos os depoimentos necessários para instruir a futura ação penal, individualizando as condutas criminosas dos integrantes dos delitos.

Os atos de violência nos estádios não são de hoje. Em 2014, o Brasil foi o país que registrou o maior número de mortes por causa do futebol. Naquele ano, foram 18 mortes comprovadas motivadas por rivalidades. O estudo do sociólogo Mauricio Murad apontava o aumento de casos para o ano seguinte. Ele tinha razão. Este ano, por exemplo, a torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli foi a sétima vítima da violência nos estádios. E por muito pouco a tragédia não se repetiu no ABC.

“Nunca fui em muitos clássicos, meus pais não deixavam por medo”, narra a torcedora Júlia Vieira, que acompanha o América há 17 anos. O relato da alvirrubra reverbera em outros frequentadores das arquibancadas potiguares. O alvinegro Alexandre Oliveira, de 45 anos, acompanha oABC há mais de três décadas, é acostumado a ir aos jogos, se sente seguro no estádio, mas avalia bem o cenário antes da partida. “Eu tenho um filho de nove anos, e quando é um jogo com muita gente, minha esposa tem receio que eu leve ele aos jogos”, esclareceu Alexandre e acrescentou: “Eu quero que ele frequente os estádios, mas também gostaria que a situação fosse diferente”.

A reportagem questionou 10 torcedores, entre alvirrubros e alvinegros, de 19 a 55 anos, e nove responderam que não se sentem seguros em jogos entre ABC e América.

Buscando diminuir a violência nos estádios, desde 2022, os órgãos de segurança pública recomendam que os jogos do Campeonato Estadual fossem em torcida única. A medida é para evitar brigas nas arquibancadas. No entanto, apesar disso, o sentimento de insegurança ainda continua presente. “Em relação à segurança, a preocupação fora do estádio continua, não muda muita coisa não”, respondeu Júlia, que complementou “as confusões fora do estádio, nas ruas, ainda rolam, às vezes. Então, a pessoa tem que ficar atenta, mesmo sendo torcida única”.

Do lado alvinegro, Alexandre explicou que os confrontos saíram das arquibancadas e foram para as ruas. “Eu sei que hoje há uma grande dificuldade de quem sai das áreas periféricas da cidade para chegar no estádio, fruto exatamente de que as avenidas se tornaram locais de conflitos dessas torcidas organizadas”, explicou o torcedor.

De acordo com o promotor Luiz Eduardo Marinho, responsável pelo Estatuto do Torcedor no RN, além da torcida única, há outras formas de coibir a violência nos estádios tais como: cadastramento do torcedor, fiscalização prévia do que a torcida levará ao estádio, criação do Juizado Especial Criminal (JECRIM). Em relação as torcidas organizadas, Marinho esclareceu que “as torcidas organizadas são monitoradas desde os dias antes do jogo, além de serem acompanhadas pela Polícia Militar até a praça esportiva.”

O psicólogo e professor de Neuropsicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Marcus Vinicius Alves, explicou que alguns torcedores estão em “situação de redução de identidade”. O especialista ressaltou que o sentimento de pertencimento a um grupo faz com que o indivíduo esqueça sua identidade e a partir disso, suas ações individualizadas sejam ofuscadas por atitudes grupais. “A tendência é que as pessoas se tornem mais expressivas às suas agressividades porque a culpa não vem, as consequências não vêm”, afirmou. 

Na perspectiva do psicólogo, o comportamento do torcedor vai além de expressar o sentimento individual. Para ele, atitude é ecoar um grito coletivo e de encarar o oposto não mais como adversário, mas sim como inimigo. “Você está dentro de uma torcida, é uma perspectiva quase tribal. É o seu contra o meu, é o que a gente vai chamar de dentro do grupo e fora do grupo. A nossa rivalidade vai além do que necessariamente é o esporte, é como eu me identifico socialmente contra como você se identifica socialmente. Você é o inimigo”, exemplificou o professor.

O psicólogo também salientou que é necessário ter cuidado com as generalizações, apesar de casos de violência serem comuns entre os membros de torcidas organizadas. “Há anos e anos, o discurso construído em relação ao futebol, em relação à torcida organizada, é um discurso ainda violento. De batalha, de luta, de 'é o meu contra o seu'. Eu frequento muito estádio. Dá para perceber a diferença entre torcidas mais elitizas, a que canta mais, a mais agressiva, então há essa característica”, descreveu Marcus Alves.

O especialista esclareceu que não existe um traço de personalidade que determina que um torcedor será violento ou não, ainda ressaltou que o problema de violência nos estádios é algo social.

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