Buscar junto ao corpo de servidores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), pessoas que trabalhem com Práticas Integrativas Complementares (PICs) como a yoga, florais, reike, meditação, acupuntura, homeopatia, e outras, para a implantação do Projeto Piloto Cuidando do Cuidador. A iniciativa é uma parceria entre o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), Assessoria de Imprensa, Núcleo de Educação Permanente (NEP) e Núcleo de Assistência à Saúde do Trabalhador (Nast) e objetiva ofertar aos funcionários momentos de conforto e estímulo para que ele possa retornar a sua rotina de trabalho com as energias renovadas e com mais saúde.
O idealizador do Projeto, o cirurgião plástico do HMWG, Marco Almeida, diz que o primeiro passo do Projeto será identificar quem são esses servidores que atuam com práticas integrativas. “Vamos identifica-los e depois fazer uma reunião para ver como cada um pode contribuir, cedendo seu tempo e seu talento”, explicou.
Os interessados em participar pondo em prática suas habilidades e proporcionando melhor qualidade de vida a outros servidores, devem procurar o Nast de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, para realizar a inscrição. Cada voluntário atuará em horários e dias da semana pré definidos, de acordo com sua disponibilidade de carga horária.
A diretora geral do HMWG, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, diz que “nossos funcionários enfrentam uma carga pesada de trabalho, em um ambiente rodeado de stress, 24h por dia, sete dias por semana. Então, poder contar com um trabalho que o tire desse estado de tensão e o faça retornar renovado as suas atividades é com certeza um ganho imenso para ele e para o nosso paciente”, afirma.
O Projeto vai proporcionar ainda dois protocolos: um para o cuidado aos funcionários e outro de pesquisa junto aos pacientes do CTQ. “Vamos começar a tratar o stress pós-traumático como ansiedade e depressão com essas técnicas”, detalha Almeida.
Ainda segundo o cirurgião, atualmente várias universidades americanas já possuem um setor de medicina integrativa. No Brasil, porém, esta nova oferta de tratamento e cuidado ao paciente, apesar de já institucionalizada pelo Ministério da Saúde (MS), ainda não está muito difundida. Contudo, unidades avaliadas como de excelência pelo MS (como o Hospital Israelita Albert Einstein) já adotaram a prática como parte do tratamento ofertado a seus pacientes.
"A medicina integrativa propõe um resgate das práticas mais antigas sem negar os avanços da medicina convencional", diz o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Albert Einstein e autor do livro "Medicina Integrativa – a Cura pelo Equilíbrio".