A cada dia, em média, uma pessoa morre vítima de acidente de trânsito no Rio Grande do Norte. Além disso, as colisões ocorridas nas estradas também deixaram mais de 25 mil potiguares feridos ao longo os últimos anos, segundo levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Os dados foram tabulados a partir de informações prestadas pelo Ministério da Saúde, que apresentou os registros de óbitos e das internações contabilizadas em razão de acidentes de trânsito dos últimos 10 anos, bem como a soma total dos custos dos procedimentos médicos gerados ao longo deste mesmo período.
De acordo com o estudo, com relação aos atendimentos prestados às vítimas de colisões de trânsito no Rio Grande do Norte, o custo direto para o Sistema Único de Saúde (SUS) foi de R$ 42,3 milhões. Ao longo do período analisado, o Estado registrou 5.148 mortes ao longo das estradas.
Para o coordenador da Câmara Técnica de Medicina de Tráfego do CFM, José Fernando Vinagre, os números mostram que os acidentes de trânsito constituem um grave problema de saúde pública e que provoca sobrecarga nos serviços de assistência, em especial nos prontos-socorros e nas alas de internação dos hospitais.
Em todo o país, segundo a análise do CFM, a cada hora, em média, cerca de 20 pessoas dão entrada em um hospital da rede pública de saúde com ferimento grave decorrente de acidente de transporte terrestre. No Rio Grande do Norte, a média é de 7 pessoas atendidas por dia.
O Brasil registrou, entre 2008 e 2016, mais de 360 mil mortes. Ao avaliar o volume total de vítimas graves do tráfego brasileiro nos últimos dez anos, mais de 1,63 milhão de casos, é possível verificar que 60% desses casos envolveram vítimas com idade entre 15 e 39 anos, sendo menor a frequência nas faixas etárias que vão de zero a 14 anos (8,2%) e em maiores de 60 anos (8,4%). Outra constatação: quase 80% das vítimas eram do sexo masculino.
