MISS POTIGUAR SE PREPAPRA PARA REPRESENTAR BRASIL NA POLÔNIA EM AGOSTO
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Deise Benício foi a vencedora do Miss Brasil Supranational e vai representar o País na Polônia - Foto: Reprodução / Instagram
É possível que você já a conheça ou ache seu rosto familiar. Com uma trajetória na moda que começou aos 14 anos de idade, a modelo e estudante de Direito, Deise Benício, já tem no seu portfólio trabalho com diversas marcas. E agora, aos 29 anos, se prepara para um novo desafio: em agosto, a jovem que é nascida em São Rafael, mas que viveu boa parte da vida em Macaíba, região metropolitana de Natal, embarca para a Polônia para representar o Brasil em um concurso internacional de beleza, o Miss Supranational.
Deise conquistou a vaga para representar o país em um concurso realizado em novembro do ano passado, disputando com meninas de todo o Brasil. Ela representou o Distrito Federal, lugar onde mora atualmente. A realização do certame ficou com a data em aberto, em razão da pandemia do novo coronavírus, e, por isso, a viagem para a grande final acontecerá quase um ano depois.
“Estou com um frio na barriga enorme. Não é o primeiro concurso internacional do qual participo, mas é o último. Então, some à responsabilidade de representar o Brasil o peso de uma despedida deste universo que sempre me deixou tão encantada”, conta a miss, que em 2014 foi ao Japão com a faixa brasileira participar do Miss International, outra franquia de concursos de beleza. Lá, do outro lado do mundo, ficou entre as seis primeiras, disputando com mais de 70 candidatas de diversas nacionalidades.
“Foi uma experiência inesquecível. Era minha primeira viagem internacional e logo para o Japão, um lugar completamente diferente, com uma cultura muito particular”, recorda. “Hoje me sinto ainda mais preparada para esse desafio. A maturidade ajuda muito, sabia?”, brinca a bela de sorriso fácil. Antes de ir ao Japão, ela ficou em terceiro lugar no Miss Brasil, na franquia Universo, representando o Rio Grande do Norte.
A atual Miss Brasil Supranational conta com bastante empolgação que os critérios destes concursos mudaram. E ela sente que não está submetendo somente sua beleza à aprovação de um júri. “Se fosse exclusivamente isso, eu não participaria. O que estou colocando à disposição é minha capacidade de usar minha voz para representar causas, para ser voz para quem não consegue ser ouvido. E é por essas bandeiras, da igualdade de gênero, da tolerância e do respeito, que estou enfrentando mais este desafio”.
A final do concurso será no dia 21 de agosto, mas ela deve embarcar alguns dias antes para cumprir quarentena e participar de todas as etapas do confinamento. No momento, a correria é total. Além dos cuidados estéticos, tem ensaios de passarela, provas de roupa, exames médicos e um intensivo de inglês. “Retal final é assim mesmo. Mas o carinho que eu tenho recebido deixa tudo muito mais leve”.
DE SÃO RAFAEL PARA O MUNDO
“Sou Nordestina, potiguar, são rafaelense e tenho muito orgulho disso”, afirma categoricamente Deise Benício, que revela também a importância desse empoderamento regional. O sotaque, apesar de já morar em Brasília há alguns anos, é o mesmo. “É quem eu sou”.
O preconceito, conta, é inegável. Ela percebeu que havia um tratamento diferente desde que representou o Rio Grande do Norte no Miss Brasil, sete anos atrás. “As pessoas não esperam que sejamos bonitas ou inteligentes. E essa ‘surpresa’ que às vezes vem até em formato de elogio é também discriminação”. Algumas brincadeiras – ela fez o sinal de aspas com as mãos – escuta até hoje.
Contudo, nunca cogitou esconder ou “disfarçar” suas raízes. E um motivo a mais para isso é o fato de que seu sonho de miss se transformou em um sonho de família. Quando ela entrou pra esse universo dos concursos, as famílias paterna e materna se uniram em uma torcida digna de Maracanã em final Fla-Flu. “Minha família é muito grande e são pessoas muito animadas, que, além do apoio e do suporte, me dão a energia que eu preciso para seguir firme”, revela.
A torcida de Deise sofreu uma grande baixa em 2016, com a morte de seu pai. “Ele me apoiava muito, e eu ainda consigo sentir a torcida dele sempre que subo na passarela”.
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