CAÇADOS E ABATIDOS APÓS SOFRIMENTO EXTREMO PARA VENDA À CHINA, JUMENTOS ESTÃO AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO BRASIL
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O sol forte rachava a terra quando o tenente Benjamin Silva chegou à Fazenda Boa Esperança, em Itatim, região da caatinga baiana, no início da tarde de uma sexta-feira, 9 de julho. Os termômetros marcavam 40 graus e pelo menos 200 jumentos perambulavam pelo terreno. Alguns deles tentavam ficar à sombra de uma árvore de galhos totalmente secos. Não havia pasto, não havia água. Fracos, desnutridos e sem comida, os animais esperavam pelo dia do abate. Outros já haviam morrido e eram comidos por urubus. Nem na pior imagem de seca no Nordeste se viu o jumento, parceiro do sertanejo na roça, padecendo em tal situação.
— A perversidade é grande demais — diz o tenente Benjamin, comandante da PM em Itatim.
O homem que cuidava do local foi indiciado por maus tratos e informou que os animais iriam para um frigorífico no município de Amargosa, um dos três situados na Bahia com autorização para abate de jumentos para exportação. O dono da encomenda foi identificado apenas como “Wen”.
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