INVESTIGADO POR SUPOSTA CORRUPÇÃO NA SAÚDE, SECRETÁRIO NACIONAL DE MOBILIDADE PEDE DEMISSÃO
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O secretário Nacional de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional, Tiago Pontes Queiroz, pediu desligamento do cargo nesta sexta-feira (8). Segundo a pasta, Queiroz vai se concentrar em "fazer sua defesa" em investigações da Polícia Federal sobre suposta fraude no Ministério da Saúde – onde o gestor também ocupou cargo de direção.
O pedido de demissão foi divulgado pela "Folha de S.Paulo" e confirmado pela TV Globo. Na nota (veja íntegra abaixo), o Ministério do Desenvolvimento Regional não informa quem será o substituto no cargo.
A Polícia Federal deflagrou em 21 de setembro a operação Pés de Barro, para investigar suposta fraude na compra de medicamentos de alto custo. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão no DF e em quatro estados.
Queiroz consta entre os investigados porque, entre 2016 e 2018, foi diretor de Logística do Ministério da Saúde na gestão do então ministro Ricardo Barros (PP-PR).
"O MDR ressalta ainda que os fatos sob investigação são todos anteriores ao período em que o senhor Tiago Queiroz desempenhou a função de secretário nesta Pasta", diz a nota do ministério.
A suspeita, segundo os agentes, é de que um esquema favorecia empresas, o que gerou desabastecimento no estoque da pasta. As fraudes teriam provocado a morte de pelo menos 14 pacientes e prejuízo de R$ 20 milhões
Além de Queiroz, segundo apurou a TV Globo, foram alvos:
- o ex-diretor do departamento de logística em saúde da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde e investigado na operação Lava Jato, Davidson Tolentino; e
- Francisco Maximiano, sócio-presidente da Precisa Medicamentos – empresa investigada por problemas na negociação da Covaxin e, também, ligada a outra firma investigada por supostas irregularidades no Ministério da Saúde na gestão Ricardo Barros.
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- Soliris/Eculizumabe
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