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João Lima, presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis do RN | Foto: Arquivo/Portal No Ar |
A decisão liminar que suspende os efeitos do Programa de Estímulo e Desenvolvimento Industrial (Proedi) em Natal preocupa empresários e limita investimentos na capital potiguar. A situação foi apontada por João Lima, presidente do Sindicato da Indústria Têxtil do Rio Grande do Norte, que conversou com o Portal No Ar sobre as consequências da suspensão do programa.
Ele se reuniu nesta segunda-feira (2) com Marcel Imaizumi, vice-presidente do Grupo Vicunha, que veio a Natal para entender o embate judicial envolvendo o Proedi. Em nota, Imaizumi informou a suspensão de investimentos do grupo na unidade da capital potiguar.
Além disso, Lima afirma que o Rio Grande do Norte pode ser o o único estado do nordeste a ficar sem o Proedi, apesar de o decreto ter sido idêntico ao de Pernambuco. “Não tem nada de errado com o programa. Os prefeitos ficam achando que estão perdendo dinheiro, mas estão expulsando empregos da própria cidade”, destaca.
“Os gestores municipais deviam sentar com o governo do estado de forma humilde e negociar as condições, não apenas tentar anular o programa judicialmente. Assim eles vão gerar desemprego”, afirma Lima.
Assim como a Vicunha, a Guararapes também expressou preocupação com a suspensão do Proedi, em nota divulgada na semana passada. Além dessas duas, que segundo Lima são as maiores firmas do ramo têxtil em Natal, “todas as empresas – inclusive de outros setores – já demonstraram preocupação com a suspensão do programa”.
Sobre a liminar, Lima apontou que “o desembargador tomou uma decisão muito estranha, mas tem que se respeitar e tentar reverter na Justiça”. Ele acredita que o Estado deve conseguir manter o programa, “mas os prefeitos já causaram prejuízo”, lamenta.