Nesta quarta-feira (19) é comemorado o Dia dos Povos Indígenas, popularmente chamado de Dia do Índio. A data foi criada em 1943 pelo então presidente Getúlio Vargas, como forma de valorizar e reconhecer a importância da cultura indígena para a formação da identidade brasileira. Apesar de serem os primeiros povos no Brasil, os índios têm população estimada inferior a 1 milhão de habitantes. O Rio Grande do Norte é um dos estados do país com menor população indígena.
A escolha do dia 19 de abril como data dos Povos Indígenas foi motivada pela realização do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, que ocorreu em 1940 na cidade de Pátzcuaro, no México. Nesse congresso, representantes de vários países americanos discutiram a situação dos povos indígenas e a necessidade de políticas públicas específicas para a sua proteção e preservação. A data foi fixada no calendário nacional como forma de refletir sobre a importância dos povos indígenas na história e na cultura brasileiras, bem como sobre os desafios e problemas enfrentados por esses povos, como a violência, a discriminação e a perda de suas terras e tradições.
De acordo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas, a população indígena no Brasil era de 896.957 pessoas, distribuídas em 305 etnias. Os números são referentes ao último Censo do IBGE concluído e divulgado, que foi em 2010, já que o de 2022 ainda está em fase de conclusão. O Norte e o Centro-Oeste do país concentram a maior parte da população indígena.
Pelos últimos números oficiais, o Amazonas contava com 183.514 índios, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 77.025, Pernambuco, com 60.955, Bahia, com 60.120, e Roraima, com 55.922.
Pelos dados expostos pela Funai, o Rio Grande do Norte conta com 2.597 índígenas. Oficialmente, o estado possui duas demarcações de terras catalogadas: Terra Indígena de Baía das Traíras, que fica localizada nos municípios de Canguaretama e Pedro Velho, na região Leste do estado; e a Terra Indígena de Sagi, que fica em Baía Formosa. Ambas as terras têm ocupação dos índios Potiguara, de acordo com o IBGE.
Além dessas duas TIs, também existem outras áreas com presença indígena no estado do Rio Grande do Norte, mas que ainda não foram demarcadas. É o caso da área indígena de Acauã, localizada no município de Touros. Há, porém, a presença indígena vivendo em áreas urbanas, especialmente na capital Natal, e em outras cidades do estado.
Aumento
Em 1991, o Censo do IBGE registrava somente 394 índios no Rio Grande do Norte. Para as lideranças desses povos e antropólogos, o orgulho de se denominar índio vem aumentando. Em 2017, existiam pelo menos dez comunidade indígenas reconhecidas pela Fundação Nacional do Índio (Funai) no Rio Grande do Norte.
Veja população indígena de casa estado de acordo com dados do IBGE:
Acre: 17.578
Alagoas: 16.291
Amapá: 7.411
Amazonas: 183.514
Bahia: 60.120
Ceará: 20.697
Distrito Federal: 6.128
Espírito Santo: 9.585
Goiás: 8.583
Maranhão: 38.831
Mato Grosso: 51.696
Mato Grosso do Sul: 77.025
Minas Gerais: 31.677
Pará: 51.217
Paraíba: 25.043
Paraná: 26.599
Pernambuco: 60.995
Piauí: 2.944
Rio de Janeiro: 15.894
Rio Grande do Norte: 2.597
Rio Grande do Sul: 34.001
Rondônia: 13.076
Roraima: 55.922
Santa Catarina: 18.213
São Paulo: 41.981
Sergipe: 5.221
Tocantins: 14.118
