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Com uso de cruzes e até de um caixão, os trabalhadores e trabalhadoras da Saúde Pública do Rio Grande do Norte protestaram na manhã desta quarta-feira (10), em frente à casa da governadora Fátima Bezerra (PT).
O ato, organizado pelo Sindsaúde, sindicato da categoria, disse que as cruzes e o caixão simbolizam as mortes por covid-19 de servidores da linha de frente de combate à doença.
Os participantes do movimento utlilizaram ainda faixas para criticar as medidas, consideradas como insuficientes pela categoria, do governo estadual de enfrentamento à pandemia do coronavírus; além de cobrarem salários atrasados, insalubridade e equipamentos de proteção indivdual (EPIs), vistos por eles como insuficientes.
No protesto, a categoria defendeu também a adoção do lockdown (bloqueio total) no estado e fizeram ainda "um minuto de silêncio" em homenagem aos servidores vítimas da covid-19. Durante as falas, os profissionais relataram as dificuldades que estão tendo, como dar conta de obrigações financeiras, como alimentação, transporte e remédios.
O Sindsaúde informou que na ocaisão a técnica de enfermagem Maria do Carmo afirmou que a governdora se alinha à política genocida do presidente Jair Bolsonaro ao não priorizar os servidores e os serviços públicos. Ela pediu ainda respeito à categoria, que é linha de frente no combate ao novo coronavírus. "Governadora, nós não somos máquinas, somos seres humanos!", exclamou.
Para Flávio Gomes, diretor do Sindsaúde, a governadora não está preocupada com a saúde da população, mas, sim com os lucros dos grandes empresários. Ele defendeu que a adoção do lockdown é a medida mais urgente para salvar as vidas da nossa classe. "Quantos mais têm de morrer para Fátima decretar lockdown no estado?", questionou.
O Sindsaúde destaca que desde o início da pandemia vem sendo linha de frente na defesa da saúde da categoria e que está realizando atos simbólicos nas unidades, entrou com a ação do lockdown e está pressionando o governo estadual e as prefeituras a garantirem os direitos dos servidores.
Mais morte
O Sindsaúde registrou e lamentou mais uma morte na categoria pelo covd-19. Terto Severo da Silva, 77 anos, trabalhador da saúde aposentado, "Seu Terto", como era conhecido, trabalhou durante 40 anos no Hospital Walfredo Gurgel. Ele faleceu nesta terça-feira (09), no Hospital Municipal de Natal.