GRÁVIDA E FILHOS GÊMEOS MORREM POR SUPOSTA NEGLIGÊNCIA MÉDICA, E POPULAÇÃO SE REVOLTA EM RIO DO FOGO
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Uma mulher grávida de 27 anos, identificada como Raíre Lima da Silva, morreu no início da noite de quinta-feira 23 em Rio do Fogo, no Litoral Norte, cerca de cinco horas depois de dar entrada na Unidade Mista de Saúde da cidade com um quadro de pressão baixa. Ela estava grávida de gêmeos, com quatro meses de gestação. Os bebês também não resistiram.
Um parente da mãe, que não quis ser identificado, contou ao AGORA RN que Raíre não tinha uma gravidez de risco. Desde o último domingo 18, no entanto, ela reclamava de desconforto. Chegou a fazer uma ultrassonografia, que não teria encontrado nada de anormal. Na quinta, o quadro se agravou e ela foi à unidade em busca de atendimento.
O parente conta que, desde o primeiro momento, a família cobrou que Raíre fosse transferida, mas isso não aconteceu. Não havia ambulâncias para a transferência, segundo testemunhas. O óbito da mãe e dos fetos foi confirmado às 19h30. Os médicos informaram à família que a morte foi consequência de um sangramento interno provocado por acretismo placentário, que é quando a placenta invade o útero. O problema é raro.
Não era a primeira gestação de Raíre. Ela já era mãe de uma menina de 11 anos. O caso gerou revolta na cidade logo após a confirmação dos óbitos. Populares se indignaram com o fato e começaram a depredar a unidade de saúde. A Polícia Militar foi chamada para conter os manifestantes e precisou retirar a equipe médica do local. Os médicos foram levados para a delegacia, prestaram depoimento e foram liberados. O sepultamento acontecerá na Praia de Zumbi, em Rio do Fogo, neste sábado 24.
Em nota, a Prefeitura do Rio do Fogo informou que a gestante recebeu todo o atendimento possível na unidade. Segundo a prefeitura, a transferência para um hospital com mais estrutura foi solicitada, mas isso não aconteceu por falta de vaga na Grávida e filhos gêmeos morrem por suposta negligência médica, e população se revolta em Rio do Fogo Parente conta que, desde o primeiro momento, a família cobrou que Raíre fosse transferida, mas isso não aconteceu rede estadual. Enquanto a transferência era tentada, diz a prefeitura, o Samu foi acionado e auxiliou na assistência à paciente, que não resistiu após duas paradas cardíacas. A gestão municipal lamentou “profundamente” as mortes e afirmou que vai abrir um procedimento administrativo para apurar o que ocorreu.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) negou a informação e disse que Raíre teve a transferência autorizada. O acionamento do Samu foi orientado pela pasta, diz a Sesap em nota. “Infelizmente, a paciente chegou a óbito sem sucesso na reanimação, antes mesmo de ser transferida para o Hospital Regional de João Câmara”, acrescenta o texto, que também lamenta a morte da paciente.
Agora RN
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