LEVANTAMENTO IDENTIFICA MAIS DE MIL IMÓVEIS DO GOVERNO DO RN SEM ESCRITURA PÚBLICA
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Um levantamento sobre o patrimônio imobiliário contratado pelo governo do Rio Grande do Norte identificou 3.451 imóveis que pertencem ao Poder Público Estadual e apontou que mais de 1 mil deles não tinham sequer escritura pública.
O relatório apontou ainda 410 imóveis em desuso e outros 490 não conseguiram ser identificados.
A catalogação de todos esses imóveis durou cerca de quatro anos e foi feito por uma empresa terceirizada contratada pelo próprio governo do Rio Grande do Norte para identificar o patrimônio imobiliário. Além da identificação, o estudo apontou o diagnóstico estrutural de cada imóvel.
Entre os imóveis encontrados no mapeamento, há, por exemplo, o Castelo de Engady, em Caicó, na Região Seridó, um posto de gasolina na Via Costeira, e até um terreno bem localizado em João Pessoa, capital da Paraíba.
"Já tinha um pouco mais de 30 anos que o estado não tinha essa atualização financeira dos seus bens imobiliários. Foi feita essa atualização. Então, o benefício é enorme, além da transparência e disponibilidade das informações para iniciativa privada, que precisa utilizar esses dados de alguma forma. Também é um trabalho de utilidade pública", explicou o subcoordenador de patrimônio imobiliário do estado, Marcus Vinícius dos Santos.
Entre os terrenos, estão por exemplos prédios e escolas em desuso que foram invadidos ou ocupados irregularmente. Alguns também foram cedidos em outros regimes, como o estádio Juvenal Lamartine, que é administrado atualmente pela Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) - o Estado não recebe por isso.
Há ainda as concessões público, como é o caso da Arena das Dunas, que está sob administração da iniciativa privada.
Reduzir custos
O governo do RN considera que o mapeamento pode servir ainda como forma de reduzir custos com locação de prédios.
Baseado em leis de 2010 e 2020, o Rio Grande do Norte tem regulamentado o que pode ser feito com esses imóveis, como a venda e concessão, além de também compra de novos terrenos. Um desses exemplos foi a compra e indenizações para ter a área da Barragem de OIticica, que está sendo finalizada.
"Oiticica é um negócio muito diferente, porque ali o Estado foi desapropriado. E além de desapropriado também teve servidão e teve uma permuta. E o terreno indenizado", explicou o procurador-geral adjunto do Estado, José Santana.
"A área que vai ser alagada foi desapropriada, só que numa visão bem social do governo e da procuradoria, construiu uma nova cidade para receber aquelas pessoas que terão as suas casas alagadas". As informações são da InterTV Cabugi.
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