ABC É DERROTADO PELO TOMBENSE POR 3 A 0 E CHEGA 12 JOGOS SEM VITÓRIAS NA SÉRIE B

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  O ABC chegou ao seu 12º jogo seguido sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro perdeu do Tombense por 3 a 0, nesta quinta-feira (7), fora de casa. A partida marcou a estreia do técnico Argel Fuchs no comando do time potiguar. Os gols da partida foram marcados por Fernandão, no primeiro tempo, enquanto Matheus Frizzo e Alex Sandro deram números finais ao confronto na segunda etapa. Com a derrota, o ABC segue na última posição do campeonato, com 16 pontos conquistados após 27 rodadas. O time está a 11 pontos do primeiro fora da zona de rebaixamento, o Avaí. Já o Tombense chega aos 25 pontos e pode sair da área de descenso na próxima rodada. O ABC volta a campo na próxima sexta-feira (15), em partida contra o Sport, no Frasqueirão. O confronto está marcado para as 21h30.

RN TEM SEGUNDO MAIOR ÍNDICE DE DESIGUALDADE DO BRASIL, APONTA PNAD CONTÍNUA

 

Economista defende que o interior do RN pode afetar o índice geral do estado frente aos outros estados vizinhos - Foto: arquivo / agência brasil


De cada 10 pessoas no Rio Grande do Norte, quatro estão na linha da pobreza. Estes números são comprovados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), que indicaram ainda outro índice que causa preocupação nos potiguares: atualmente, o RN tem o segundo maior índice de desigualdade do Brasil, atrás apenas de Roraima.

Estes índices fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, que enquadram menos 43,2% dos potiguares na situação de pobreza. Vale ressaltar que o Banco Mundial adota como linha de pobreza os rendimentos per capita US$ 5,50 PPC, equivalentes a R$ 486 mensais per capita. Já a linha de extrema pobreza é de US$ 1,90 PPC, ou R$ 168 mensais per capita. Estes, são 13,7% da população potiguar, segundo o levantamento.

Outro indicador que mostra que a situação do Rio Grande do Norte precisa de atenção é o coeficiente de Gini, que mostra o grau de concentração de renda em um determinado grupo e aponta a diferença de rendimentos entre os mais pobres e os mais ricos. A medição vai de 0 a 1 e quanto mais alto for, maior é a desigualdade. No RN, em 2021, segundo o IBGE, chegou a 0,587; em 2020, era 0,512 segundo o mesmo levantamento divulgado pelo Instituto.

Segundo o economista Janduir Nóbrega, no Brasil cerca de 140 milhões de pessoas ganham até R$ 7 mil de salário, número inferior a seis salários mínimos. De acordo com o especialista, quanto maior a limitação de renda, maior a dificuldade para buscar melhorar desenvolvimento e diminuir desigualdades. “No caso do estado, ele vive de arrecadação. Se a renda produzida no estado não é pujante, consequentemente vai arrecadar menos recursos e ter mais dificuldade de distribuir isso em formato de benefícios da própria população”, afirmou.

Em todos os estados nordestinos apresentaram crescimento no nível de desigualdade, segundo o levantamento. Em âmbito regional, o indicador no ano passado era de 0,556 e em 2020, o coeficiente de Gini era 0,526. Ou seja, antes o RN tinha índice de desigualdade menor que a região Nordeste e agora está acima da média dos estados da região a qual pertence.

Considerando apenas as capitais nordestinas, Natal (0,550) tem apenas o sexto maior coeficiente de Gini. Em situação melhor que a capital potiguar São Luís (0,530), Maceió (0,542) e Teresina (0,468). Nóbrega defende que o interior do RN possa afetar diretamente o índice geral do estado frente aos outros estados vizinhos. “A gente tem um polo industrial muito forte em Natal e região metropolitana. Quando a gente sai daí, tem Mossoró e os pólos de Caicó, Pau dos Ferros e Santa Cruz. Mas não temos aquela indústria vigorosa que tem no Sul e no Sudeste do país. Então, por si só, se a gente fechar os olhos, Natal é a região mais desenvolvida do RN”, apontou.

Em comparação com as outras capitais nordestinas, Natal leva vantagem mesmo com níveis de riqueza e industrialização menores. “Nós temos em Natal um índice de Gini de 0,55 e Recife tem 0,60. Você vê que embora lá seja mais rico que aqui, existe uma desigualdade maior. O RN, com todas suas limitações, tem um índice de 0,58, enquanto Pernambuco, com todas as suas qualidades, tem 0,57. Tem lugares mais pujantes que o RN com indicadores muito próximos. A Bahia tem um polo industrial muito mais forte e maior do que o que existe no Rio Grande do Norte. Em contrapartida, a sua distribuição de renda não é uma das melhores”, observou.

RESOLUÇÃO

Questionado a respeito das soluções para diminuir o nível de desigualdade no RN, o economista afirmou que esta questão é um tanto complexa. Uma das posições a serem tomadas é incentivar produção e consumo na região. “O RN é um estado levado pela folha de pagamento federal, estadual e dos municípios, de maneira geral, é a mola propulsora disso aí. Nós temos um pólo industrial na região que contribui com 0,9% do PIB. Se tivéssemos um PIB de 2% a 2,5% de participação no PIB nacional, seríamos uma região muito mais desenvolvida do que somos”, avaliou.

Para ele, o estado enfrenta problemas sérios na infraestrutura rodoviária, ferroviária, aeroviária e marítima, que impactam de forma profunda na economia da região. “Futuramente, pode ser que o advento da maior distribuição de energia renovável no RN, pela energia offshore e em terra, possa levar o RN a ter uma melhor produtividade através da receita que por essa riqueza que está sendo prospectada. É muito incipiente, porque a gente não consegue enxergar um polo industrial grande querendo se instalar aqui. Minha percepção do RN, é a gente continuar nessa balada aí. Não tem receitas, não tem onde buscar, nem a gente percebe movimento que propicie o desejo da iniciativa privada de massa se instalar aqui no RN”, explicou.

Para ele, a questão deve começar a ser resolvida pela parte da infraestrutura. Para o aeroporto, ele apontou a relicitação como solução, e considerou as estradas como um problema maior mesmo com a condição das rodovias estaduais. O ponto crítico, segundo Nóbrega, é a situação marítima.

“A gente precisa imediatamente, se queremos fazer frente a essa questão, fazer um novo porto. Onde está o porto, não comporta a entrada de navios grandes e isso tem atrapalhado o RN de maneira grande. É um problema sério. Tentar recursos externos, internacionais, do jeito que for. Tentar fazer uma estrutura que comporte 50 anos de desenvolvimento. E não fazer o que fizemos com a Ponte Newton Navarro que, primeiro, gastou-se um caminhão de dinheiro e depois descobriu-se que ela não ia atender a expectativa que era passar os navios e fluir a grande oportunidade que o RN tem, de ser a região mais próxima da Europa. De que adianta ser a região mais próxima da Europa se não temos capacidade de escoar a produção?”, avaliou.

Recentemente a francesa CMA-CGM, que opera em Natal, já avisou a Companhia das Docas do Rio Grande do Norte (Codern) que não irá mais operar na capital potiguar a partir de outubro de 2023. “A gente pensa que é uma coisa simples, mas não é. A grande produção do RN que saía via CGM, vai saindo via CGM mas nos portos da Paraíba, Pernambuco ou Ceará. E o que acontece com a gente? A geração de renda vai para estas regiões. Consequentemente isso pode impactar no coeficiente de Gini nas próximas coletas em 2023 e 2024. E vai melhorar onde vai ser feito o escoamento da produção”, finalizou.

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