VENDA DE CARROS USADOS CRESCE MAIS DE 50% NO RN
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A venda de veículos usados cresceu 50,1% no Rio Grande do Norte nos últimos seis meses. Os preços dos carros novos aumentaram ao longo do ano. No Estado, o reajuste nos preços dos usados e seminovos foi de 9%, segundo Alexandre Frias, gerente de uma concessionária em Natal.
“A procura está grande por carros novos e usados, porém estamos com falta de produto. O percentual de aumento foi de 29% no mês de setembro, chegando a 50,1% nos últimos 6 meses. Temos mais procura do que produtos para entregar. Em relação ao ano passado estamos com vendas de carros novos em queda por causa do déficit de produtos, mas a demanda está muito forte”, disse Alexandre ao Agora RN.
Com a falta de carros novos no mercado, o preço de usados subiu 20% em todo o Brasil. Até agosto, as vendas bateram recorde com 7,59 milhões de automóveis comerciais vendidos. O percentual do aumento nas vendas foi de 48,8% superior ao de 2020, um dos anos mais fracos para o setor por causa da pandemia, mas também 6,6% acima dos 7,12 milhões de usados vendidos em igual período de 2019, até então o melhor resultado da história, os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores -Fenabrave que representa as concessionárias de todo o país.
O que fez o preço dos carros aumentar tanto no Brasil?
Praticamente todos os automóveis sofreram reajuste de preço no Brasil nos últimos meses. De modo geral, veículos novos e seminovos ficaram mais caros. Em alguns casos, a variação foi exponencial. Existem usados que aumentaram quase 25% de seu valor. Mas afinal, o que está acontecendo?
Os dados da alta foram divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Se para muitos ficou ainda mais difícil comprar um carro, para outros o lucro foi satisfatório. As opções mais baratas de carros zero km, hoje, custam cerca de R$ 50 mil. Então, ainda que os valores tenham subido, continua valendo a pena garimpar um bom usado.
Primeiro, é preciso lembrar que o mundo ainda está em alerta com a pandemia do novo coronavírus. Depois, tem que se ter em mente os reflexos dessa crise sanitária na economia. A partir daí, é possível começar a entender melhor o problema que atingiu o Brasil e o mundo.
Um dos principais motivos pelo encarecimento dos automóveis está na escassez de alguns componentes. Existem produtos, como semicondutores, por exemplo, que estão em falta no mercado mundial. O processo de produção ficou mais lento e mais caro, devido à crise econômica.
Fora isso, como o valor dos zero km aumentou, a busca por carros seminovos também cresceu. A alta demanda refletiu na elevação dos preços aos consumidores.
Como mencionado anteriormente, parte dos insumos necessários para fabricação está em falta. O aço, por exemplo, aumentou 61% o seu valor. A informação é da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Como se não bastasse, a conta de energia ficou mais cara, o dólar subiu, bem como o frete foi reajustado. As alterações de preço não foram meramente singelas, pois atingiram até 339% de alta. Muitas produções tiveram que ser paralisadas durante a pandemia, o que gerou desabastecimento.
Assim, como é de se esperar, o custo a mais acaba sendo repassado diretamente ao consumidor. É na hora de comprar o carro que esses reajustes se mostram com muita clareza.
A General Motors (GM) é uma das montadoras que têm sofrido com a falta de componentes na indústria. A fabricante está sem estoque dos modelos Onix e Onix Plus, por exemplo. O Onix é um dos veículos que liderou as vendas no país recentemente.
*Com informações do Fenabrave
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