FOME E MISÉRIA
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Estima-se que 116 milhões de pessoas no Brasil estão passando por insegurança alimentar, e cerca de 20 milhões vivem literalmente com fome. Os dados do Programa de Alimentos da ONU são recentes. Porém, esta guerra contra a fome não interessa nem à imprensa, nem aos poderosos. Pessoas em guerra não importam.
A dificuldade para colocar comida na mesa é maior entre chefes de família pretos ou pardos. Dos 41% da população sem acesso regular à alimentação básica, 28,4% são integrantes de famílias chefiadas por negros ou pardos, enquanto 12,1% vivem em lares em que o responsável pela família é branco.
É notório que o Brasil atravessa um quadro de aguda crise econômica e miséria social, agravada pela falta de políticas públicas voltadas para populações mais vulneráveis. O abandono do povo à própria sorte rapidamente gerou um aumento explosivo da pobreza, que se manifesta de modo mais perverso na volta da fome. É preciso ter um trabalho que seja consistente no sentido de garantir ofertas de alimentos, oferta de renda para as famílias, e além disso, não dá para falar em segurança alimentar sem mudar o modelo de produção de alimentos, e de utilização de terras no Brasil.
Aqui, o que a gente vê é uma prioridade ao agronegócio exportar, isto deixa de favorecer, prestigiar e garantir uma maior ampliação de apoio à agricultura familiar e agroecologia. Essa modificação, na nossa avaliação, também é fundamental garantir alimento para todas as famílias brasileiras, garantir que as pessoas não fiquem reféns destas circunstâncias dramáticas, vivendo no abismo da fome e da miséria.
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