ABC É DERROTADO PELO TOMBENSE POR 3 A 0 E CHEGA 12 JOGOS SEM VITÓRIAS NA SÉRIE B

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  O ABC chegou ao seu 12º jogo seguido sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro perdeu do Tombense por 3 a 0, nesta quinta-feira (7), fora de casa. A partida marcou a estreia do técnico Argel Fuchs no comando do time potiguar. Os gols da partida foram marcados por Fernandão, no primeiro tempo, enquanto Matheus Frizzo e Alex Sandro deram números finais ao confronto na segunda etapa. Com a derrota, o ABC segue na última posição do campeonato, com 16 pontos conquistados após 27 rodadas. O time está a 11 pontos do primeiro fora da zona de rebaixamento, o Avaí. Já o Tombense chega aos 25 pontos e pode sair da área de descenso na próxima rodada. O ABC volta a campo na próxima sexta-feira (15), em partida contra o Sport, no Frasqueirão. O confronto está marcado para as 21h30.

RN É O 2º ESTADO QUE MENOS INVESTE EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO PAÍS

 


O Rio Grande do Norte foi o 2º Estado que menos investiu em ciência e tecnologia no País em 2022, de acordo com o Índice FIEC de Inovações dos Estados, documento que é produzido anualmente por Confederação Nacional da Indústria (CNI), Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), entre outras instituições. O indicador de investimento é um dos elementos que compõe o índice geral, que também leva em consideração aspectos como infraestrutura, formação de profissionais, parcerias coletivas e produção científica. Na média geral, o Rio Grande do Norte ocupa a 17ª posição no índice de capacidades e a 14ª no ranking de resultados (detalhes no box).

Para calcular os investimentos públicos de cada Estado em ciência e tecnologia, a pesquisa considera três variáveis. O indicador é obtido a partir da soma das despesas em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação e em atividades correlatas de Ciência e Tecnologia, dividida pela despesa total, ponderada pela participação do Estado no total de investimento em Ciência e Tecnologia do país. Nesse quesito, o RN só ficou à frente de Roraima, na 26ª colocação. O 1º lugar em investimento pertence ao Estado de São Paulo, que também é o líder em inovação do País.

Apesar de ocupar a parte de baixo da lista nacional no que diz respeito ao investimento, o RN ocupa posições de destaque em indicadores como volume de produção científica, cooperação e formação de profissionais. Para o diretor do Instituto Metrópole Digital (IMD), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ivonildo Rego, os resultados comprovam que o Rio Grande tem “produzido bastante com muito pouco”. “A gente tem feito mágica. A pesquisa em ciência e tecnologia vem sendo mantida no Estado basicamente por meio de recursos federais, emendas parlamentares. A participação do Governo do Estado é ridícula em comparação com outras regiões”, comenta Inovildo Rego.

Djalma Cunha Júnior, presidente da Comissão Temática de Inovação, Ciência e Tecnologia (Coincitec), órgão da Federação das Indústrias do Estado (Fiern), pontua que o cenário evidencia o potencial do Estado na área. “O nosso Estado está em 26º e isso é preocupante porque temos um ambiente promissor. Isso mostra o quanto o Governo do Estado tem investido pouco, no que diz respeito à ciência e tecnologia. Mesmo assim, nós tivemos um desempenho expressivo em outros quesitos. Isso ratifica essa ideia de que produzimos muito com pouco incentivo”, comenta Djalma Júnior.

Outro levantamento, desta vez divulgado pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), corrobora os dados do Índice FIEC. Nele, o Rio Grande do Norte também ocupa a penúltima colocação do País em investimento na área de pesquisa, inovação, ciência e tecnologia. Segundo o documento, a média anual (de 2020 a 2022) investida pelo governo estadual foi de R$ 1,92 milhão – valor que representa 2,77% do gasto total (R$ 69,49 milhões) na área. O restante dos recursos são oriundos de financiamento federal (Capes e CNPq).

Para efeito comparativo, de acordo com a pesquisa do Confap, a média de participação dos Estados no investimento em ciência e tecnologia é de 44% - percentual bem distante do praticado em solo potiguar (2,77%). Ivonildo Rego, diretor do IMD, diz que a falta de incentivo “não é de hoje” e implica na perda de competitividade com outros Estados. “A gente acaba desperdiçando um potencial imenso que temos. Veja São Paulo, o quanto é investido em pesquisa lá, por isso que é o Estado mais forte do País. Lá existe uma fundação de pesquisa desde 1962”, analisa o diretor do IMD.

No que diz respeito a conceitos de agilidade jurídica, transparência pública e capacidade de pagamento do Governo Estadual – indicadores que formam o índice Instituições – o Rio Grande do Norte ocupa a última colocação.

Fundo estadual terá R$ 10 milhões por ano, diz Sedec

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado, diz que o Governo está estruturando um ambiente para consolidar políticas públicas de fomento à pesquisa. Ele lembra que uma das principais conquistas foi a aprovação do Marco Regulatório da Ciência, Tecnologia e Inovação. O titular da Sedec pontua que o projeto visa também fortalecer o Fundo Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, criado com a Constituição do Estado, mas que não vinha sendo alimentado. De acordo com Jaime, a ideia é abastecer o fundo com R$ 10 milhões por ano.

“Como mais de 90% das nossas empresas são micros e pequenas, cabe ao governo estimular e financiar pesquisa porque a pesquisa é que garante a inovação. Esse fundo foi criado para isso”, comenta. Além disso, relembra Calado, o Governo inaugurou o Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo (Pax), em Macaíba, no ano passado. O objetivo é abrigar centros de pesquisa e capacitação, auditórios, laboratórios multiuso, incubadoras tecnológicas e observatórios.

O investimento na primeira etapa do Pax foi de R$ 12,3 milhões para obras físicas e aquisição de mobiliário. Os recursos estaduais foram viabilizados pelo Projeto Governo Cidadão – que opera empréstimo ao Banco Mundial. “O Pax é um instrumento que vai tentar pegar os projetos aqui e, além do dinheiro desse fundo, captar recursos no Ministério da Ciência e Tecnologia e BNDES”, diz. “O RN tem muita coisa importante nesse setor. O IMD tem vários cases de sucesso. Vamos consolidar essas políticas nos próximos quatro anos”, complementa.

No indicador ‘Cooperação”, RN ocupa 6ª posição

No Índice FIEC, o Rio Grande do Norte ocupa a 6ª posição no indicador ‘Cooperação’. Nesse tópico, o estudo considera a parceria entre instituições no processo de criação de valor inovador. A métrica se baseia nas variáveis de número de parques tecnológicos, incubadoras e aceleradoras, em comparação com a população total do Estado. Além da 6ª colocação nacionalmente, o Rio Grande do Norte é o 1º entre os estados do Nordeste.

Na produção científica, o Rio Grande do Norte também lidera entre os estados nordestinos e ocupa a 7ª posição nacional. De acordo com a pesquisa FIEC, o resultado demonstra o impacto expressivo do Estado em termos de qualidade da pesquisa em áreas tecnológicas. O indicador é formado por variáveis que levam em consideração a quantidade de artigos científicos em área tecnológicas, além do impacto científico das publicações entre as 10% mais relevantes de suas áreas de conhecimento.

O diretor da Fiern, Djalma Barbosa Júnior, diz que os parâmetros revelam que a entrega da academia, sobretudo do IMD, foi muito maior do que o investimento recebido. “Por incrível que pareça nós temos, em termos de cooperação, o 6º lugar do Brasil. Isso mostra muito bem essa sinergia que existe entre os atores. Isso mostra muito bem que o IMD produziu muito com o pouco que tem. É evidente a capacidade da academia de desenvolver talentos”, conta.

O professor do IMD das áreas de Sistemas Embarcados e Internet das Coisas, Heitor Florencio, diz que a maioria dos alunos do instituto já participa de projetos que pensam soluções para problemas da sociedade. “Hoje eu tenho como ter uma disciplina técnica minha, um assunto onde o aluno já está desenvolvendo junto com uma empresa e aí o aluno traz essa experiência para dentro da sala de aula. Esse é o maior impacto, do aluno ter essa interação com o ambiente empresarial, desenvolvendo projeto, enquanto estuda”, detalha.

RN no Índice FIEC

Conheça as variáveis analisadas na pesquisa

Índice de Capacidades: 17º lugar
Investimento em CeT: 26º lugar
Formação (graduação): 14º
Formação (pós-graduação): 10º
Inserção Mestres e Doutores: 19º
Instituições: 27º
Infraestrutura: 22º
Cooperação: 6º

Índice de Resultados: 14º lugar
Competitividade global: 12º
Intensidade tecnológica: 21º
Propriedade intelectual: 16º
Produção científica: 7º
Empreendedorismo: 16º

Média geral: 14º lugar

Fonte: Índice FIEC de Inovação dos 
Estados 2022

O que 

A TRIBUNA DO NORTE começou, no fim de semana passado (22/23 de julho), a série “RN: Polo de TI” para abordar temas relacionados ao desenvolvimento tecnológico no Rio Grande do Norte. Nesta última reportagem, a edição destaca a falta de incentivos financeiros na área de ciência e tecnologia.

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