PREÇO DOS ALIMENTOS CAI APÓS 5 MESES
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A alimentação no domicílio teve queda (deflação) de 0,14% em março, segundo dados do IPCA divulgados nesta terça-feira 11 pelo IBGE. O índice é considerada a inflação oficial do País.
Foi a primeira baixa dos alimentos após cinco meses em alta –o último recuo havia sido em setembro de 2022 (-0,86%).
Entre os alimentos, houve queda nos preços da batata-inglesa (-12,80%) e do óleo de soja (-4,01%).
Também foram registrados recuos em produtos como cebola (-7,23%), tomate (-4,02%) e carnes (-1,06%). Do lado dos avanços, o IBGE destacou a cenoura (28,58%) e o ovo de galinha (7,64%).
No cálculo do IPCA, a alimentação no domicílio integra o grupo alimentação e bebidas, que desacelerou a alta para 0,05% em março, após subir 0,16% em fevereiro.
Na avaliação do IBGE, um dos fatores por trás do resultado da alimentação no domicílio é a recomposição da oferta de parte dos produtos. Neste ano, as projeções indicam safra recorde no Brasil.
No caso das carnes, a suspensão das exportações brasileiras para a China pode ter reduzido os preços ao elevar a quantidade de mercadorias destinadas para o mercado interno. O período da Quaresma também reduz o consumo.
ÍNDICE GERAL
Considerando todos os setores, contudo, o índice oficial de inflação subiu 0,71% no mês passado.
De acordo com o IBGE, o resultado reflete o retorno parcial da cobrança de tributos federais. A medida entrou em vigor no mês passado e também atingiu o etanol.
A alta nos preços do etanol foi de 3,20%. Trata-se do maior avanço desde novembro de 2022 (7,57%).
“Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1.157/2023”, disse André Almeida, analista da pesquisa do IBGE.
MERCADO REAGE BEM. Os dados de inflação de março agradaram ao mercado. Nesta terça-feira 11, o Ibovespa avançou 4,3%, na sua melhor sessão diária desde outubro de 2022. Em pontos, o principal índice do mercado de ações fechou o pregão em 106.214, seu melhor patamar em dois meses.
O cenário mais favorável para inflação e juros também levou a uma enxurrada de investimento estrangeiro nos ativos locais, o que derrubou a cotação do dólar.
A moeda americana encerrou o dia em R$ 5,00, com queda de 1%, e chegou a ficar abaixo desse patamar ao longo da sessão.
REGIÕES
Nos índices regionais, todas as áreas avançaram em março, sendo que a maior variação foi registrada em Porto Alegre (1,25%). A causa foram as altas da gasolina (10,63%) e da energia elétrica residencial (9,79%). Fortaleza, com alta de 0,35%, foi a menor variação no mês, com quedas de 17,94% no preço do tomate e de 2,91% no frango inteiro.
De acordo com o IBGE, o IPCA é calculado com base nas famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
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