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Valor cobrado por vaga, segundo as investigações, podia chegar até R$ 120 mil - Foto: Reprodução
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Uma operação envolvendo policiais civis do Rio Grande do Norte e de São Paulo efetuou nesta quarta-feira 2 a prisão de um médico da cidade de Mossoró, região Oeste do Rio Grande do Norte, por suspeita de participação em um esquema fraude em vestibulares para o curso de medicina. A ação foi articulada pela Polícia Civil de Assis, no interior de São Paulo, que também prendeu outros envolvidos no esquema no Ceará e Minas Gerais.
As prisões desta quarta-feira fazem parte da segunda fase da Operação Asclépio, de abril de 2019, que desbaratou um grupo criminoso que atuava na fraude de provas de vestibulares e de concursos públicos.
Segundo informações da polícia civil de São Paulo, o médico Adolfo Araújo Bezerra, de idade, de 27 anos, atua como clínico geral. Ele foi preso dentro do Hospital da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC). O profissional estava atendendo pacientes no momento da prisão.
A prisão do médico se deu em cumprimento a uma mandado temporário de 24 dias, expedido pela justiça de São paulo.
De acordo com as investigações, o médico é suspeito de estelionato, associação criminosa e falsificação de documentos públicos. No esquema, ele servia de “piloto”, ou seja, era contratado para fazer a prova no lugar de outro candidato.
A investigação mostrou que o médico potiguar viajou até a cidade paulista de Assis para fazer as provas do vestibular de medicina no nome de outro candidato.
De acordo com o delegado Adolfo Araújo, o médico potiguar prestava o certame de medicina, em lugar de outra pessoa, ou seja fazia as provas do concurso no lugar do candidato inscrito e recebia média 25 mil reais pela ação. O pagamento era feito após a garantia da vaga do candidato com a aprovação no certame.
A Polícia Civil de Assis detalhou que diversos participantes do esquema tinham formação em medicina. Estas pessoas eram contratadas para fraudar vestibulares em universidades de todo o país. O valor cobrado por vaga, segundo as investigações, podia alcançar os R$ 120 mil.