ABC É DERROTADO PELO TOMBENSE POR 3 A 0 E CHEGA 12 JOGOS SEM VITÓRIAS NA SÉRIE B

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  O ABC chegou ao seu 12º jogo seguido sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro perdeu do Tombense por 3 a 0, nesta quinta-feira (7), fora de casa. A partida marcou a estreia do técnico Argel Fuchs no comando do time potiguar. Os gols da partida foram marcados por Fernandão, no primeiro tempo, enquanto Matheus Frizzo e Alex Sandro deram números finais ao confronto na segunda etapa. Com a derrota, o ABC segue na última posição do campeonato, com 16 pontos conquistados após 27 rodadas. O time está a 11 pontos do primeiro fora da zona de rebaixamento, o Avaí. Já o Tombense chega aos 25 pontos e pode sair da área de descenso na próxima rodada. O ABC volta a campo na próxima sexta-feira (15), em partida contra o Sport, no Frasqueirão. O confronto está marcado para as 21h30.

RN TEVE 1,2 MIL DENÚNCIAS DE VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS NO 1º SEMESTRE DE 2023

 


No Rio Grande do Norte,  cerca de 28% do total de denúncias de violência foram relativas a crimes contra pessoas idosas no primeiro semestre de 2023, de acordo com o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC). Foram cerca de 1,2 mil denúncias que abrangem cerca de 7,1 mil violações diferentes contra este público. Com o número, o RN se consolida mais uma vez como o 4º estado do Nordeste em violência contra idosos, atrás apenas de Pernambuco (2.620), Bahia (2.484) e Ceará (1.921). Esse posto foi assumido nos primeiros seis meses de 2020. Violência financeira, negligência e violência física  continuam sendo as principais reportações e os filhos sãos os principais suspeitos das agressões. 

O município de Natal lidera com a maior quantidade de denúncias, cerca de 509; Parnamirim vem em seguida, com 101, na frente de Mossoró, com 65. Ainda segundo levantamento,  as mulheres são as principais vítimas, isso se dá porque elas vivem mais do que homens, segundo estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além do resquício da violência doméstica, enfrentada pelo público feminino, de acordo com o presidente do Conselho Estadual de Proteção à Pessoa Idosa, Gustavo Brito.

De acordo com ele, o número é alarmante, mas também é resultado da campanha do Junho Violeta, mês de conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa. “É alarmante. A gente tem duas possibilidades para isso: a grande divulgação dos canais de denúncia, principalmente do Disque 100, que é o meio mais fácil e a gente tem muitos casos, são muitos tipos de violência”, comenta.  

A maior parte das vítimas tem entre 80 e 84 anos de idade. As agressões acontecem, na maioria das vezes, dentro de casa e por isso há dificuldade na hora de identificar a agressão e fazer a denúncia. As violações, ainda segundo levantamento, acontecem “em razão da idade” (1.187), seguida por condições físicas, sensoriais, intelectuais ou mentais (359) e para obtenção de benefícios financeiros ou ganância (233). 

Embora os números sejam expressivos, ainda existe subnotificação, o que preocupa entidades responsáveis pela proteção da pessoa idosa. “Como acontece na violência doméstica, conta a mulher, há uma restrição muito grande em relação à denúncia. Em mais da metade dos casos, quem comete a violação é o filho ou a filha, isso quer dizer que o idoso sempre tem a restrição porque sabe que vai denunciar um familiar direto”, explica o presidente da comissão de Direito dos Idosos, Davi Sales.  

Além disso, como a violência psicológica não deixa marcas físicas visíveis, é mais difícil que alguém de fora identifique. “A psicológica é uma das mais complexas e complicadas porque é difícil de apurar, difícil de investigar e, consequentemente, é difícil de punir aquele agressor. Muitas vezes o idoso nem percebe que está sofrendo uma violência”, continua. O abandono afetivo – quando o familiar deixa de manter vínculo com o idoso – e a tortura psicológica, caracterizada por agressões verbais, submissão a condições de humilhação e outros, são as violações mais recorrentes vinculadas ao abandono, segundo Sales. 

A privação de liberdade é outro tipo de agressão que pode ser facilmente ligada ao cuidado, comenta o presidente. É nela que outros ciclos de violência podem ter início, já que a pessoa idosa fica longe do convívio com a comunidade, tornando mais difícil a identificação e denúncia. “É onde inicia. O cerceamento de liberdade é até utilizado como uma forma de cuidado, só que de forma exacerbada torna-se uma violência. Então, o controle e o cuidado são diferentes de cercear a liberdade”, diz. 

Esses casos acontecem principalmente quando a vítima possui alguma doença que comprometa sua saúde mental, como Alzheimer, demência ou até lapsos de memória, fazendo-o fugir de casa com frequência. "A solução mais fácil para a família é deixá-lo trancado em casa longe do convívio familiar,  longe do convívio comunitário. Isso é considerado uma violência, sim, e bastante recorrente”, completa.

De acordo com o promotor de justiça, Guglielmo Marconi, a violação acontece baseada no contexto em que o idoso está inserido na sociedade atual, servindo apenas como provedor do lar por meio de aposentadoria ou outros benefícios sociais. Além disso, como a grande maioria dos violadores são filhos ou pessoas da família, o problema é agravado pela resistência do idoso em denuncia-los, aponta o promotor. 

“Chamamos a atenção para o contexto em que a pessoa idosa é inserida em nossa sociedade, muitas vezes servindo como único provedor do lar, por meio dos recursos da aposentadoria ou BPC, sendo em diversas situações alvo de exploração financeira, maus tratos e negligência, sobretudo quando se verifica a existência de familiares em situação de dependência química ou alcoólica, fator que está presente em grande parte dos casos de violação de direitos”, diz. 

Lares são alternativa contra maus-tratos

Uma alternativa para tirar o idoso de situações de abuso ou violação de direitos é o abrigo em  instituições de longa permanência (ILP). Em Natal, existem sete lares filantrópicos com essa finalidade, espalhados pelo município. Uma delas é o Lar da Vovozinha, que existe há 42 anos e abriga cerca de 40 idosas, vítimas ou não de maus-tratos. A intenção, de acordo com a diretora executiva, Lila Carvalho, é fornecer um lugar de acolhimento para que elas possam viver juntas. 

Mesmo com a proteção oferecida pelos lares, a diretora conta que já aconteceram situações de violência lá dentro. Esses momentos deixam a equipe apreensiva, embora a vítima não permita que as visitas do agressor cessem. “A gente cuida muito aqui para evitar violência dentro da casa também, porque já aconteceu do familiar chegar para uma visita e quando se dá as costas, a idosa está completamente alterada e a gente fica perto.  Então, é muito constrangedor”, relata. 

O lar só pode abrigar até 40 pessoas e hoje todas as vagas estão preenchidas. Destas, 25 são destinadas ao município, que faz a regulamentação dentro da realidade de Natal, já que nem o município, nem o Estado possuem abrigos. Por isso, é necessário recorrer as instituições filantrópicas.  Outras 15 vagas são para a comunidade, ou seja, quando a família não tem condições de enviar para um lugar privado ou contratar cuidadores. 

O perfil das abrigadas é variado. Por lá, chegam senhoras vítimas de todos os tipos de violência e aquelas que vão por conta própria, só para ter companhia.  “Essa casa tem 42 anos e eu estou aqui já há 14. Tem de tudo mesmo, eu já vi de tudo”, comenta Carvalho. O propósito é acolher aquelas que mais necessitam e menos possuem. “A gente sempre vai acolher a que tem menos dinheiro e afeto”, finaliza. 

“Eles judiavam muito de mim”, diz mulher

Mesmo um processo traumático de violência pode ser superado. Um exemplo disso é a Maria das Dores, ou Dorinha, como gosta de ser chamada. No tempo livre, ela faz crochê, cuida das plantas, se arruma e conversa sobre tudo que viveu. De Campo Redondo, quase 150km da capital, ela fez sua vida em Natal. Passou 18 anos casada, mas não teve filhos. Já foi empregada doméstica e cuidadora de idosos. Na velhice, ficou na casa de parentes próximos, aonde sofreu violência psicológica e financeira. 

Dorinha conta que uma de suas sobrinhas fez um empréstimo de R$ 10 mil em seu nome, comprometendo o salário mínimo que recebia na época. Além disso, sofreu xingamentos e chegou a ficar sem comida em casa. “Ela era muito grosseirona, ignorante. Fez um empréstimo com meu dinheiro de R$ 10 mil. Eu me aperreei muito, sofri muito, passava até precisão porque o dinheiro não dava para eu comer direitinho”, relata. 

Há cerca de um ano e meio ela mora no Lar da Vovozinha. Diz que agora tem tudo que quer e fez amizades com outras senhoras que moram por lá. “Eu tô bem demais. Tenho minhas coisas, minha comida, minhas amigas. Faço meus 'fuxiquinhos', os gatinhos para colocar nas portas, gosto de me arrumar. Gosto de fazer tudo, eu amo o que eu faço”, finaliza.

Números

1020- Total de denúncias de violência contra idosos no RN
509 - Total de denúncias de violência contra idosos em Natal

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